Filha de advogada é detida após xingar, ameaçar e chutar policial durante show de Ludmilla na Orla do Porto

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Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Olhar Direto

Uma mulher de 29 anos e outra de 22 foram presas durante o show da cantora Ludmilla na noite desta sexta-feira (22), na Orla do Porto, em Cuiabá. Segundo o boletim de ocorrência 2017.318022, as jovens atacaram com socos na cabeça e chutes uma policial militar que fazia a segurança do evento. Ainda, promoveram ofensas verbais e se recusaram a serem detidas, chutando o veículo da corporação e convocando populares presentes a jogarem pedras contra a Polícia Militar (PM). Na delegacia, uma das jovens se identificou como filha de advogada e ameaçou os militares presentes.

De acordo com a versão do 1° Batalhão da Polícia Militar, uma guarnição foi acionada por seguranças particulares, que apontaram para um princípio de tumulto na multidão, durante o show. Ao chegarem no local, aconselharam os populares a se retirarem daquele espaço, a fim de evitar brigas. Instante em que a soldado Karen Fortes recebeu um soco na cabeça.

A agressora, Jocelina Franca Ventura da Rocha, de 29, natural de Cáceres, recebeu voz de prisão no mesmo instante. Não satisfeita, incitou a população a reagir contra a PM, xingando a soldada agredida de ”filha da p*” e “desgraçada”.

Ao ver a cena de descontrole da agressora, a suspeita Natalia Damacena Santos Alves, de 22, natural de Cuiabá, reagiu…contra a PM. Desferiu um chute no braço direito da soldado.  

Vendo-se cercada por populares excitados para o início de um tumulto, a PM utilizou gás de pimenta e arma elétrica não letal para dispersar a multidão, conseguindo por fim deter Natália que, assim como Jocilene, tentou comover os populares, gritando e debatendo ao solo, enquanto desferia frases como "Policinhas de merda, bandos de bosta".

Ao serem colocadas no camburão da viatura, as suspeitas deram chutes contra a porta do compartimento traseiro. A PM precisou sair rapidamente do local, pois populares passaram a ameaçar os policiais, lançando pedras e garrafas contra o veículo, que ao sair em alta velocidade, ainda atingiu o carro de um cidadão.

Durante revista, no CISC Planalto, a PM encontrou uma arma branca em posse de Natália, que apresentou marcas de mordida na perna. Sendo interrogada sobre a confusão, passou a proferir ofensas morais a corporação. Apresentou-se como funcionária da Defensoria Pública de Mato Grosso e que, sendo filha de advogada, iria fazer com que os militares envolvidos em sua prisão 'pagassem caro por tudo'.

A suspeita Jocelina evitou o tom de voz agressivo, mas queixou-se de dores na região da cabeça, proveniente da briga ocorrida no show.

As agressoras poderão responder por desacato, resistência à prisão, injúria real e ameaça.

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