Médico é acusado de agredir ex e ameaçar divulgar vídeo íntimo

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Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Um médico identificado pelas iniciais E.M.J. foi preso na manhã desta sexta-feira (17), acusado de invadir a casa e agredir a professora E.N.D.S., de 35 anos, sua ex-namorada, no Bairro Santa Rosa, em Cuiabá. Ele também teria ameaçado divulgar, na internet, um vídeo íntimo do casal.

Conforme o relato da vítima, que esteve nesta manhã no Cisc do Bairro Planalto, ela namorou o médico por cerca de três meses. E estão separados desde a última terça-feira (13), após, segundo ela, não suportar mais as agressões.

Segundo a Polícia Militar, o médico foi preso em flagrante, após invadir a casa da ex, conforme a vítima para agredi-la. Porém ela conseguiu sair do imóvel e o vizinho que estava na frente percebeu a situação e acionou a Polícia Militar.

A professora afirma que já havia denunciado o ex anteriormente.

“Hoje eu entrei com medida protetiva porque na terça-feira e nessa madrugada ele pulou o muro da minha casa para me bater. Ameaçou meu filho e disse que iria matar. Meu vizinho o pegou em flagrante. Essa é a terceira vez que ele me agride. Já bateu muito na minha cabeça para não deixar marca. Ele me dopava com remédios, às vezes não deixava nem eu ir trabalhar”, contou.

A educadora relatou, inclusive, que chegou a cogitar retirar as denúncias que havia feito, para tentar dar uma nova chance ao médico, mas mudou de decisão após saber das condições que ele impôs.

“A gente ia voltar. Eu ia até tirar as denúncias. Mas ele queria me obrigar a dizer que estava drogada [ao denunciá-lo] e que minhas amigas tinham me influenciado. Falei que não ia fazer isso. Falei que, quando houvesse a primeira audiência, eu não ia continuar. Só que ele ficou zangado, se alterou e ameaçou colocar um vídeo íntimo nosso na internet”, disse.

Conforme a professora, no começo do namoro, o médico era carinhoso, porém após apenas três semanas ele passou a mudar de comportamento.

"No começo ele não era assim. Depois de três semanas mudou, começou a mexer no meu celular, ficar com ciúmes das coisas. Eu não podia mais conversar com ninguém, não podia falar com minhas amigas”, relatou.

Para impedir que a vítima saísse, ela conta que o homem chegava inclusive a dopá-la com diversas medicações durante os finais de semana.

O médico deve permanecer preso e irá passar por uma audiência de custódia na tarde desta sexta-feira.

O caso será investigado pela Polícia Civil.

Midia News.

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