Avenida Dubai vira pista de rachas e moradores cobram radares e redutores de velocidade

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Foto: Reprodução
ALMT

Moradores do condomínio Florais Safira, em Cuiabá, denunciam a ocorrência frequente de rachas e manobras perigosas na avenida José Afonso Portocarrero, conhecida como avenida Dubai. A prática, realizada por motoristas e motociclistas durante a noite, tem causado medo, barulho excessivo e elevado risco de acidentes na região.

A avenida, inaugurada em 2023, possui 1,7 quilômetro de extensão, pista dupla, 50 metros de largura e poucas interrupções no trânsito. Essas características, somadas à boa iluminação, têm atraído condutores que utilizam o local como pista para corridas ilegais. Vídeos dos rachas circulam com frequência nas redes sociais, reforçando a preocupação dos moradores.

A via conecta os bairros Florais e Santa Rosa, passando pelo Hospital Municipal de Cuiabá e pelo Centro de Eventos do Pantanal. Segundo os residentes, a ausência de pontos de frenagem e de fiscalização efetiva tem contribuído para o uso indevido da via.

Diante do problema, moradores e representantes de condomínios encaminharam um ofício à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), solicitando a instalação urgente de radares e quebra-molas. O documento destaca que a situação é recorrente e já provocou acidentes graves. Em um dos casos, no fim de 2024, um veículo desgovernado colidiu contra um poste, deixando a região sem internet por várias horas.

“O local virou palco de rachas, o que ameaça a integridade de pedestres, condutores e até do patrimônio público. É urgente a implantação de redutores de velocidade e fiscalização eletrônica”, diz um trecho do ofício enviado à prefeitura.

Um dos moradores, que preferiu não se identificar, afirmou que a Polícia Militar já realizou operações pontuais no local, com apreensões de veículos, após denúncias. No entanto, a sensação de impunidade permanece.

“Houve fiscalização por um tempo, com blitz e apreensão de motos e carros. Mas logo depois tudo voltou ao normal. Agora o que temos são carros com som alto, motos barulhentas e rachas quase toda noite”, relatou.

Além do incômodo sonoro, os moradores denunciam o risco constante de acidentes, principalmente para quem trafega dentro dos limites de velocidade. A prática de racha é considerada crime pelo Código de Trânsito Brasileiro, com previsão de pena de detenção, suspensão da CNH, multa e apreensão do veículo.

A reportagem entrou em contato com a Semob para obter um posicionamento sobre o ofício encaminhado, mas até o fechamento deste texto, a secretaria não havia se manifestado.

FONTE – RESUMO