Com crescimento populacional global, Mato Grosso projeta aumento nas exportações de carne bovina

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Foto: Leandro Balbino

O aumento previsto da população mundial nas próximas décadas pode impulsionar a demanda global por proteína animal, e Mato Grosso está se preparando para ampliar sua presença no mercado internacional de carne bovina. A avaliação é do presidente do Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), Caio Penido, que destaca a estratégia do estado em fortalecer as exportações, especialmente para países da Ásia.

Atualmente, a China lidera como principal compradora da carne bovina mato-grossense. No entanto, há uma movimentação para conquistar novos mercados, como Vietnã, Coreia do Sul e Japão. “Focamos muito na China, mas também vemos grande potencial no Oriente Médio e em países com crescimento populacional acelerado, como Indonésia, Paquistão e Egito”, pontuou Penido.

A confiança na expansão das exportações ganhou força após Mato Grosso receber, neste mês, o certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação – o mais alto status sanitário concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Esse reconhecimento coloca o estado em patamar semelhante aos maiores exportadores mundiais de carne.

“O Brasil ainda ter vacinação era um fator limitante para acessar determinados mercados. Agora, superamos essa barreira e nos igualamos aos nossos concorrentes. Queremos mostrar que nossa carne tem qualidade superior e é segura”, afirmou Penido.

De acordo com projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial deve alcançar um pico de 10,3 bilhões de pessoas até 2080. Países como o Vietnã, Irã e Brasil devem atingir seus picos até 2054, enquanto outras nações, como Índia, Paquistão e Nigéria, continuarão crescendo até o fim do século ou além. Para o setor agropecuário mato-grossense, isso representa uma oportunidade estratégica.

“O aumento populacional se traduz em maior demanda por alimentos, especialmente proteína animal. Precisamos estar prontos para abastecer esse mercado crescente e fortalecer alianças comerciais com regiões que dependem das nossas exportações”, concluiu o presidente do IMAC.

FONTE – RESUMO