Deputado de MT tenta esconder mas acaba revelando voto sobre denúncia contra Michel Temer

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Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto
CAMARA VG

Olhar Direto

A Câmara dos Deputados deve votar nesta semana a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção. Se os deputados fecharem quórum, a denúncia será analisada já na sessão de quarta-feira (02). Na tentativa de esconder seu voto, o deputado mato-grossense Victorio Galli (PSC) disse que só revelaria seu posicionamento no dia da votação. Mas, como já havia afirmado a reportagem do Olhar Direto, o parlamentar acabou revelando que irá se posicionar a favor de Temer.

“Está definido o meu voto, na hora vocês vão saber. Mas o meu voto é pela governabilidade do País. O PSC está fechando questão sobre isso. Nós entendemos o seguinte: se nós formos tirar o Temer hoje, não valeu nada tirar a Dilma”, disse o deputado, na semana passada, durante visita a Cuiabá.

Não bastassem as indiretas, o deputado continuou conversando com jornalistas, após a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura de Cuiabá e o Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), em que ele representou a bancada federal, e defendeu que o Congresso “deixe Temer concluir seu mandato”.

“A esquerda, a oposição quer diretas já. Para fazer isso tem que mexer na Constituição e o Brasil não aguenta mais esse negócio. Está terminando o mandato do homem, vamos deixar que ele continue e ano que vem a gente muda tudo”, afirmou.

O PSC, embora não aglutine muitos parlamentares no Congresso – atualmente o partido possui 10 deputados em sua bancada – é uma das legendas mais “barulhentas”. Além de Galli, que frequentemente figura pautas polêmicas, o PSC tem como deputados, ainda, Jair Bolsonaro, seu filho, Eduardo Bolsonaro e o Pastor Marco Feliciano.

A Denúncia

Para que o Poder Judiciário dê continuidade nas investigações contra o presidente Michel Temer, ao menos 342 deputados terão que votar contra o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do relator Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomenda a rejeição da denúncia.

O Ministério Público acusa Temer com base na delação premiada dos executivos da J&F, controladora da JBS. Por se tratar do presidente da República, o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá analisar a denúncia se receber autorização da Câmara.

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