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A permanência ou revogação da prisão do deputado Gilmar Fabris (PSD) deve ser decidida nesta terça-feira (19), com a convocação de sessão extraordinária pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (PSB). Fabris foi detido cautelarmente na última sexta-feira (15) pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Malebolge, em cumprimento a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
O deputado estadual é acusado de tentativa de obstrução à Justiça, já que deixou o apartamento em Cuiabá horas antes de ser deflagrada a Operação e se refugiou em sua fazenda, no município de Rondonópolis. O circuito interno de câmeras do registrou a saída do deputado carregando uma maleta, ao deixar o local. Residência e gabinete na ALMT de Gilmar Fabris foram vasculhados pelos policiais federais. Outros 7 deputados foram alvos da Operação Malebolge.
O Parlamento estadual foi notificado no último sábado (16), apesar do presidente da ALMT negar o fato. Na tarde desta segunda-feira, Botelho esteve reunido com procuradores da Casa de Leis para definir sobre a sessão extraordinária.
Antes de ser submetida à votação dos deputados, a manutenção da prisão de Fabris será avaliada pela Comissão de Ética da Assembleia. Integram a Comissão os deputados Pedro Satélite (PSD), Saturnino Masson (PSDB), Oscar Bezerra (PSB), Silvano Amaral (PMDB) e Janaína Riva (PMDB).
Conforme prevê a Constituição Federal, para votar sobre a manutenção de prisão parlamentar é preciso que a maioria absoluta dos deputados esteja em plenário, ou seja, ao menos 13 parlamentares no total.
Além de Fabris, os deputados Pedro Satélite, Oscar Bezerra e Silvano Amaral foram citados na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) como beneficiários de propina. Outros 15 deputados também foram citados pelo ex-governador, favorecidos em esquema de desvio de recursos públicos.
