Perícia identifica violação de lacre em envelopes de concurso; veja

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Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

O laudo da Politec (Perícia Oficial de Identificação Técnica) identificou que o lacre de envelopes contendo as provas para o concurso de delegado substituto de Mato Grosso foi violado antes da realização do certame, em Cuiabá.

 

O documento foi encaminhado para Gerência de Combate do Crime Organizado (GCCO), que apura o caso.

 

A prova foi aplicada no dia 8 de outubro. Na última semana, a Comissão do Concurso resolveu suspender o certame por 60 dias até a conclusão do inquérito policial.

 

No total, três envolopes foram periciados pelo perito Flávio Yuudi Kubota. Os envelopes foram recolhidos após denúncia de candidatos que desconfiaram da abertura dos envelopes antes da aplicação da prova. Apesar da suspeita, a prova foi realizada com outros cadernos.

 

No primeiro envelope, conforme o documento, foi detectado o rompido parcial das fitas adesivas.

 

“No envelope periciado, os dois elementos da fita encontravam-se ativados, ou seja, a fita foi rompida parcialmente no sentido longitudinal (fotografias 5, 6, 7 e 8), rompimento de aproximadamente 107 mm, e o segundo elemento com a mensagem “violado” foi revelado na fita e com vestígios no envelope (fotografias 9, 10, 11 e 12), com a distância de aproximadamente 140 mm com relação a lateral direita do envelope. Portanto, pode-se afirmar que ocorreu a violação parcial do lacre externo”, diz trecho do documento.

 

 

 

Já no segundo envelope, a perícia também identificou que as fitas adesivas sofreram abertura parcial.

 

“O envelope de segurança interno possui duas fitas adesivas permanentes. No envelope periciado, encontraram-se indícios de que as fitas adesivas sofreram abertura parcial de aproximadamente 100 mm (Fotografia 13), tendo em vista o desalinhamento/amassamento quando comparada às demais partes das fitas adesivas presentes no envelope e também pelo aspecto da cola responsável pela adesão nesta porção das fitas adesivas. Observou-se, ainda, vestígios de cola fora da região de aderência, ou seja, houve um reposicionamento das fitas após a adesão inicial”, diz trecho do documento.

 

 

No terceiro, conforme o documento, foi detectado a tentativa de remoção da etiqueta.

 

 “No exame pericial, observou-se o rompimento parcial deste elemento de segurança de aproximadamente 30 mm (Fotografias 15 e 16). Considerando o início do rompimento na etiqueta à lateral direita do envelope, observou-se um rompimento de aproximadamente 145 mm (rompimento total). Esta etiqueta, visando garantir a sua autenticidade, possui outros elementos de seguranças como microletras e faixa holográfica (Fotografias 17).

 

 

Ao final, o perito explicou que com as violações detectadas nos envelopes é possível a subtração do caderno de perguntas da prova. 

  

“Considerando as simulações executadas em padrões, com as mesmas condições encontradas nas peças questionadas e considerando as dimensões e quantidades de cadernos de provas no momento da aplicação, conclui-se que é possível a subtração de um caderno de provas”, concluiu o documento. 

 

O caso 

 

A suposta violação dos lacres foi denunciado pelos próprios candidatos no dia do certame. Mais de13 mil pessoas realizaram a prova, que foi feita em duas etapas, uma no período matutino e outra no verpertino. A disputa é por um salário inicial de R$ 19 mil.

  

Eles chegaram a afirmarm ainda que houve vazamento de fotos dos gabaritos. 

 

Conforme a denúncia, no período da manhã, antes do início da prova escrita, já circulavam nas redes sociais fotos da folha de resposta, sem preenchimento.

 

Ainda segundo a denúncia, à tarde, antes do início da prova dissertativa, outra foto vazou. Desta vez, do caderno do exame.

  

Na época, o Cebraspe, reponsável pelo exame, disse que os candidatos que usaram celular dentro das salas de provas serão eliminados.

Midia News.

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