Luiz Soares afirma que “não tem mágica” e que falta dinheiro, mas Saúde de MT não vai dar calote em ninguém

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Mesmo recebendo cobranças de todos os tamanhos, matizes e valores, o secretário de Estado de Saúde, Luiz Vitório Soares, avalia que conseguiu dar rumo à gestão e que, quando for resolvida a questão financeira, Mato Grosso estará num patamar diferenciado, no setor. Ele admitiu que as dívidas são de toda ordem, observou que não existe mágica que faz saldar tudo de uma vez, mas alertou que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não vai dar calote em ninguém e deseja pagar a todos os credores.
 
A escala de pagamento das prefeituras, hospitais regionais e filantrópicos, empresas e prestadores de serviços obedece a critérios técnicos, mas não existem recursos. “As dívidas só serão pagas quando tivermos um melhor cenário, com os recursos necessários. Não tem mágica! Ou tem o dinheiro ou não tem o dinheiro”, afirmou ele, para a reportagem do Olhar Direto.

Luiz Soares explicou que existe a expectativa de liberação, nos próximos dias, da emenda impositiva de R$ 126 milhões ao Orçamento Geral da União (OGU) de 2017, de autoria da bancada de Mato Grosso, no Congresso Nacional. “A bancada federal no Congresso teve participação decisiva, com emenda que deve ser liberada neste ano, por ser impositiva, assinada por três senadores e oito federais, no valor de R$ 126 milhões para o custeio”, ponderou o titular da SES.
 
A troca de finalidade foi destaca pelo secretário de Saúde, já que a maior parte dos recursos, em princípio, era para aquisição de equipamentos e mobiliários para o novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá. Ele entende que alguns gargalos existentes, hoje em dia, serão fechados, em definitivo, mas não citou quais.
 
“O Estado fará uma reposição para a aquisição dos equipamentos [do novo PSM]. E a SES vai fazer essas quitações. Então, vamos diminuir o estresse do endividamento, no final deste ano. Mas vai depender da chegada [dos R$ 126 milhões], porque então vamos correr para fazer esses pagamentos”, esclareceu o secretário de Saúde, tocando num ponto nevrálgico da relação do governador Pedro Taques (PSDB) com a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB).
 
O fato de ter mais de R$ 500 milhões em dívidas vencidas, porém, não tira o sono de Luiz Soares, que já tinha sido secretário de Saúde de Cuiabá e Várzea Grande. “Eu assumi e isso não me assusta. Não vamos dar calote em ninguém. Mas o cenário em que assumimos é muito grave. Dinheiro é finito. Não nasce em árvore! Precisamos trabalhar e confiar na melhoria da arrecadação”, ensinou Luiz soares
 
“O grosso dos recursos são arrecadados pelo governo federal, depois distribui para estados e municípios. O FPE e o FPM são transferências previstas na Constituição, com registro de queda substancial. Num bolo amplo, se diminui o tamanho do bolo, na  hora de repartir os pedaços, os pedaços são menores”, observou Luiz Soares, sobre o fato de acumular déficit na saúde de Mato Grosso.

Olhar Direto.

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