De volta ao Brasil, o governador Pedro Taques (PSDB) negou nesta terça-feira (21) que esteja vivendo uma crise dentro de seu partido, mas não garantiu sua permanência na sigla. Enquanto esteve fora, em missão na China, o PSDB elegeu um novo diretório em Mato Grosso, sob rumores de que Taques estaria insatisfeito com decisões da cúpula, entre elas a de eleger Paulo Borges como novo presidente do partido.
“Eu nunca defendi a Paola Reis como presidente do PSDB. Nunca defendi! Ela está como vice-presidente, tem desempenhado um trabalho partidário importante, mas não é ainda o momento dela para assumir a presidência do PSDB. Eu conheço Paulo Borges desde que tinha cinco anos de idade, eu ensinei ao Paulinho a jogar futebol”, brincou o governador.
Quanto aos rumores de um “racha” no ninho tucano, o incluiria a possibilidade de deixar o PSDB, Taques evitou alardes e disse apenas que ainda não se decidiu. “Três coisas eu aprendi na política: paciência, paciência, paciência. Toda crítica é bem-vinda. Ainda não sei [se permanece no PSDB]”.
No dia 10 de novembro, o PSDB elegeu o presidente da Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI) e ex-vereador por Cuiabá, Paulo Borges, para comandar a sigla. A secretária-adjunta de Relações Políticas da Casa Civil, Paola Reis, que nos bastidores era cotada como a “indicação” de Taques para o cargo, ficou com a 2ª vice-presidência.
A chapa única, encabeçada por Borges, elegeu ainda como vice-presidente o ex-senador Rogerio Salles, 3º vice o deputado federal Nilson Leitão, o advogado Ussiel Tavares como secretario-geral e o secretário-geral adjunto é o deputado Jajah Neves. A tesouraria do partido será de responsabilidade do vereador Renivaldo Nascimento.
No calor dos acontecimentos, quando ainda presidia o partido, o deputado federal Nilson Leitão argumentou que diferenças de opiniões ocorrem até mesmo “dentro de casa”, e garantiu que o governador só deixa o PSDB se assim o quiser.
“O governador Pedro Taques tem o seu descontentamento com o partido e o partido tem o seu descontentamento com o governo. Crítica construtiva faz parte do crescimento democrático. Serve para o partido melhorar e, também, para o governo melhorar cada vez mais. O partido não ingerência no governo e o governo não ingerência no partido”, disparou, à época.
Olhar Direto.