Cuiabana conta como conseguiu ser aprovada e estudar engenharia na Universidade da Flórida

0
314
Reprodução
CAMARA VG

Carolyna Yamamoto, de dezoito anos, vive desde os dezessete nos Estados Unidos. Estudando Engenharia Biomédica na University of South Florida, ela se esforça para se adaptar à rotina americana. Mas para chegar até lá, foi preciso muito esforço.

A decisão por estudar fora foi durante o processo seletivo, em março de 2016. Para isso, Carolyna se atentou às regras do ingresso nas universidades dos EUA, que depende do desempenho do aluno no Ensino Médio, de ter atividades extracurriculares e até serviços voluntários.

Para entrar na Universityof South Florida, a estudante teve de fazer o Scholastic Aptitude Test (SAT), um teste de aptidão escolar, Test of English as a Foreing Language (TOEFL), que mede a habilidade na língua inglesa – em usá-la e entende-la como é lida, escrita, ouvida e falada na sala de aula de uma universidade -, além de várias redações, alguns vídeos e um bom histórico escolar. E o que foi decisivo, segundo a estudante, foi “manter boas notas e me envolver com a comunidade com trabalho voluntário”. 

Carolyna com o mascote da Universidade da Flórida

 “A principal dificuldade foi entender que eu teria que me adaptar a cada aula, pois elas são diferentes dependendo do professor, conta a cuiabana”. Segundo ela, se engana quem acha que é muita festa e curtição. “Nos fins de semana que eu não tenho muito trabalho para fazer eu vou passear pela cidade com meus amigos, mas esses fins de semana são raros. Geralmente, eu vou para biblioteca estudar. Também tenho que ir pra laundry (lavanderia) no fim de semana e me organizar para semana seguinte”.
 
Carolyna conta que no começo do semestre escolhe as aulas, e que a maioria ocorre na parte da manhã. “Eu acordo cedo, vou de bicicleta ou com o ônibus da faculdade (o Bulls Runner) para aula, almoço em um dos dinning halls (refeitórios) no campus, vou para biblioteca depois que minhas aulas acabam e geralmente vou para academia no fim do dia. Muitas vezes quando passa das 18h30 e eu estou sem minha bicicleta, eu volto pra casa com o Safe Team – duas pessoas que te buscam de carrinho de golfe e te levam pra qualquer lugar do campus pra você não andar sozinha”.

Como chegar lá?

Antes de viajar ao exterior, Carolyna passou pelo High School do Colégio Maxi, um programa que auxilia a ingressar no ensino superior nos Estados Unidos e é desenvolvido em várias partes do mundo.


Ryan Griffin, diretor de Admissão da University of Missour, esteve no Maxi este ano para conversar com os alunos
 
Em Mato Grosso, o Colégio Maxi é o único que oferece o programa, desenvolvido por meio de uma parceria com a University of Missouri, para proporcionar ao aluno uma imersão cultural e acadêmica que o prepara para o curso superior internacional. “O High School me ajudou a entender o inglês de sala de aula, a conversar melhor com falantes nativos, e a conhecer melhor a cultura americana”, conta Carolyna.
 
Com aulas exclusivamente em inglês e professores nativos, a metodologia do High School complementa a grade curricular tradicional com conteúdos obrigatórios das escolas americanas, como Economia, Oratória e Marketing. A coordenadora do programa High School do Maxi, Daniele Housell Breier, explica que a escola certifica o aluno com diploma duplo, tanto do ensino médio brasileiro quanto do americano.

“Ter um diploma do Ensino Médio e outro do High School foi um grande diferencial na hora de aplicar para as faculdades, pois é algo que pouquíssimos aplicantes tem”, reforça Carolyna. Segundo ela, apesar de não ser uma obrigatoriedade a participação no High School, com certeza a ajudou a aprimorar o inglês e lhe deu confiança para seguir no desafio de encarar uma universidade americana.
 
High School Maxi

O programa ‘High School’ tem início no 9° ano do Ensino Fundamental, com aulas duas vezes por semana, no contraturno. Já no Ensino Médio, o programa é aplicado nas 1ª e 2ª séries. Ao todo, são 17 disciplinas complementares. Na 3°série, os alunos não têm mais as aulas à tarde, mas terminam os estudos na escola parceira para completar o currículo para o duplo diploma. Em sala de aula, os professores são nativos e outros professores, ligados à universidade parceira, corrigem os trabalhos e avaliam os alunos acompanhando diretamente o desenvolvimento acadêmico de cada um.

“Com o diploma de High School, inúmeras portas se abrem para esses alunos, inclusive programa de bolsas internacionais. O MizzouDirect, por exemplo, é um programa muito interessante que possibilita aos alunos que atingem um excelente nível acadêmico conquistarem a entrada direta na Universityof Missouri”, explicou a coordenadora.

Sala de aula em Cuiabá e diploma americano

Uma das vantagens do programa é que o aluno do Ensino Médio se forma com a mesma grade curricular de uma escola americana, tem o diploma duplo e a vivência de estudar e estar submetido às mesmas exigências como se estivesse em solo estadunidense. “Toda essa bagagem cultural e de formação é experimentada convivendo com o ambiente familiar, sem a necessidade de uma mudança durante a adolescência”, destaca.

E se o estudante tem a oportunidade de participar dos intercâmbios anuais no Summer Camp, que são os acampamentos de verão, a formação fica ainda mais interessante, pondera Daniele Hounsell Breier. “A orientação pedagógica é que o aluno, quando possível, viva essa imersão cultural mais intensa por meio de intercâmbios curtos, nas férias, mas que privilegie o estudo no seio familiar durante a adolescência”.

Olhar Direto.

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here