Banco indeniza em R$ 5 mil cliente vítima de clonagem de cartão

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Reprodução
CAMARA VG

A Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso concedeu, de forma unânime, indenização por danos morais em ação movido por um cliente do Bradesco.

O cartão de crédito foi clonado durante o processo de envio, antes de ser desbloqueado e chegar à residência da cliente, que também teve o nome inserido nos serviços de proteção ao crédito. 
  
O banco foi condenado a pagar à cliente apelante o valor de R$ 5 mil a título de indenização por dano moral, com correção monetária e juros de mora de 1% ao mês a partir da citação.
 
De acordo com o relator do processo, desembargador João Ferreira Filho, o dever de indenizar independe da existência de culpa, bastando a configuração do nexo causal e do resultado danoso.

“No caso, cabia à instituição financeira zelar pela regularidade de seus serviços, o que não foi observado, já que o cartão que a autora sequer desbloqueou foi clonado, gerando dívidas, e a consequente negativação indevida”, argumenta o desembargador em trecho do acordão.
  
“O nexo de causalidade pauta-se na ligação entre a má prestação de serviço pelos apelados, configurada na fragilidade do sistema disponibilizado ao consumidor, que permite a fraude de cartão de crédito e a compra em nome da apelante. Desse modo, há a responsabilidade do banco quanto ao dano sofrido pela apelante, por não ter agido de forma diligente na conferência dos serviços de sua responsabilidade”, afirma o relator em texto da decisão.
 
Participaram também da câmara julgadora o desembargador Sebastião Barbosa Farias e a desembargadora Clarice Claudino da Silva.

Olhar Direto.

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