Para Maia, possível candidatura de Temer é ‘direito legítimo’ do presidente

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Reprodução
CAMARA VG

Um dia depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que a intervenção no setor de segurança do Rio de Janeiro teria motivação política por parte do presidente Michel Temer (MDB), hoje foi a vez de um dos principais aliados do Palácio do Planalto dar declaração semelhante.

Durante visita a Belo Horizonte, ao lado do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou "esperar" que a decisão tomada por Temer em relação ao Rio "não tenha sido tomado com base na eleição".

"O que espero é que a intervenção no Rio tenha diagnóstico claro, um planejamento claro e um resultado positivo. Não se pode misturar uma coisa com a outra. É óbvio que toda ação de governo gera um resultado. Positivo ou negativo. Como espero que ele seja muito positivo, e vou trabalhar para que ele seja positivo, e sendo positivo, se der ao presidente as condições que ele espera, pelo que leio na imprensa, para ser candidato, ótimo", afirmou o deputado. Maia acrescentou que não conversou com Temer sobre o assunto, mas que a entrada do aliado na disputa "é um direito dele", como de todo brasileiro.

O deputado assinou como testemunha liberação de R$ 17,5 milhões do Ministério da Educação para a Prefeitura de Belo Horizonte, recursos que serão utilizados para compra de ônibus, material de informática e para construção de quadras em escolas da rede municipal de ensino.

Depois da assinatura da liberação de recursos, Maia se negou a responder perguntas sobre sua possível candidatura à Presidência, dizendo que isso ocorrerá mais 'na frente'. O ministro da Educação, no entanto, que chegou a ser cotado como possível vice de Geraldo Alckmin, tratou a entrada de Maia no pleito como fato consumado no partido. "Queremos Maia como candidato e isso está nivelado em termos de partido", disse. Na sequência, em tom de brincadeira, Maia disse que Mendonça seria seu vice, e não do Alckmin.

Sobre os projetos do governo federal para alavancar a economia, Maia traçou um perfil favorável para a aprovação da maior parte das 15 medidas anunciadas pelo governo, apesar de classificá-los como pacote velho. Ressalvou que os textos não tratam de um ponto principal, que é, conforme o parlamentar, a redução das despesas do governo. "Precisamos ter coragem para enfrentar isso", disse.

Um dos textos citados pelo presidente da Câmara foi a da autonomia do Banco Central. "O presidente do BC acredita que o impacto da aprovação, não do ponto de vista fiscal, mas na economia, seria tão importante quanto o da reforma da Previdência. Seria importante votar para tirar do BC qualquer viés político, que hoje não tem, mas que no passado a gente sabe que existiu", disse. Maia também afirmou esperar que o projeto de lei da privatização da Eletrobras esteja discutido e votado até o dia 15 de abril. Na próxima semana, segundo ele, começam a ser votadas as medidas sobre Segurança.

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