A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou moções de pesar e de aplausos, na sessão plenária matutina desta quarta-feira (14), ‘atropelando’ os mais de 30 vetos existentes, sendo mais de 20 prontos para entrar em votação. No momento da votação, o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB), passou o comando – a doc – da sessão para o deputado Wagner Ramos (PSD).
Desde a reabertura dos trabalhos legislativos, em 2 de fevereiro, os deputados estaduais não votaram nenhum projeto relevante. Nos bastidores existem ponderações de que é uma forma indireta de pressionar o governo a honrar o pagamento das emendas parlamentares.
Contudo, nenhum dos deputados assume abertamente. Pelo Regimento Interno da Assembleia, os vetos trancam a pauta. E, em sendo assim, nenhum projeto pode ser votado sem que o veto passe pelo crivo do plenário.
Desde o final do ano passado, os partidos ‘desapareceram’, na Assembleia. Supostamente governistas, os blocos Integração e Independente somam 20 deputados estaduais, enquanto a oposição tem apenas quatro.
O Palácio Paiaguás perdeu o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), líder do governo na Assembleia nos últimos dois anos. O novo líder do governo é o deputado Doutor Leonardo Albuquerque (SD), até então vice-líder – desde 2015.
O secretário-chefe da Casa Civil, deputado Max Russi (PSB), entende que os parlamentares não têm motivos para manterem a pauta trancada, como forma de pressionar o governo. “As emendas parlamentares estão sendo pagas. Neste ano, foram liberados mais de R$ 18 milhões, o que representa um valor maior que todo o ano passado. E continuará sendo liberado, conforme o fluxo de caixa”, observou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
A reportagem do Olhar Direto apurou que existem mais de 20 vetos prontos para votação. O Regimento Interno determina que são necessários no mínimo 14 deputados em plenário para votação dos vetos, o que tem se mostrado quase impossível de reunir, nas últimas semanas.
Olhar Direto.