Assediada por vários partidos políticos, a juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá cogita iniciar sua vida política com uma pré-candidatura ao Senado nas eleições de outubro e negou estar ‘atrelada’ ao governador Pedro Taques (PSDB). A magistrada precisaria abandonar a toga e tem até o dia sete de abril para se filiar a uma sigla e disputar o cargo.
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Em entrevista ao Olhar Direto, Selma Arruda afirmou já estar conversando com vários partidos e que deve bater o martelo se irá se filiar a algum deles para a disputa da eleição até o fim de março. Ela também destacou que só irá topar fechar com uma sigla que dê a liberdade para posicionamento e independência, fatos que a fizeram ter destaque no Poder Judiciário.
“Para eu entrar [na política] tem que ser em algum lugar que me deixe fazer as coisas de maneira limpa, sem dever favores e principalmente sem a prática de caixa dois. Não posso jogar o meu nome na lama. Se tiver que abrir mão dos meus valores pra ser qualquer coisa, me aposento e vou fazer crochê”, disse a magistrada.
Sobre a escolha de um partido, a juíza esclareceu estar aberta para as propostas, descartando o Partido dos Trabalhadores (PT), envolvido em escândalos de corrupção em nível nacional nos últimos anos.
Questionada sobre uma proximidade com o governador Pedro Taques (PSDB), por ambos serem oriundos do judiciário, Selma negou ter relações políticas com o chefe do Executivo. “Por enquanto o que posso dizer é só o fato de que não estou ‘atrelada’ ao governador e que ainda não decidi nada”, resumiu.
A juíza Selma Arruda ganhou destaque, inclusive nacionalmente, sendo chamada de ‘Sérgio Moro de saia’ por ter decretado prisões de políticos poderosos do estado como o ex-governador Silval Barbosa e do ex-deputado estadual José Riva, por desvios no Estado e na Assembleia Legislativa.
Assim como Moro, Selma chegou a ser aplaudida por populares em locais públicos, como em supermercados, por conseqüência de trabalho exercido a frente da 7ª Vara.
