Suspeitos de tortura têm flagrante convertido em prisão preventiva

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Reprodução
CAMARA VG

Os dois homens presos na sexta-feira (16), por crime de integrar organização criminosa tiveram o flagrante convertido em prisão em preventiva, após passarem por audiência de custódia no Fórum de Cuiabá, no sábado (17).

Os suspeitos Luiz Felipe da Silva Brasileiro, 21, e Carlos Alexandre de Arruda, 19, estão em uma unidade prisional de Cuiabá. Eles são acusados de torturar e gravar as cenas de violência praticadas contra um homem que teria cometido um roubo na região do Grande Cristo Rei, em Várzea Grande.

O vídeo em que o homem é brutamente agredido foi viralizado via aplicativo Whatsapp.

A identificação de Carlos Alexandre de Arruda foi feita pela Polícia Militar, que prendeu o suspeito e o conduziu à Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), juntamente com Luiz Felipe da Silva Brasileiro.

O delegado titular do GCCO, Diogo Santana, afirmou que "qualquer um que se intitule membro de organização criminosa será autuado em flagrante a partir de agora".

O crime de integrar organização  tem pena que pode chegar até oito anos de reclusão. “Aquela pessoa que se identifica como membro de organização criminosa, seja por aplicativo de celular, seja por pichações em muro, só por dizer que é integrante de organização criminosa, já está sujeito a pena de oito anos, mais a pena do crime que cometer por integrar a organização”, explicou Diogo.  

Prisão

Os policiais militares confirmaram a participação de Carlos Alexandre nas imagens do vídeo como sendo um dos agressores. Durante as checagens,  os investigadores do GCCO notaram que o conduzido Luiz Felipe possuía uma tatuagem na perna que aparece nas imagens gravadas. O outro detido, Carlos Alexandre, também usava, no momento da prisão feita pela PM, uma bermuda com as mesmas características mostradas no vídeo.

Conforme o delegado  Caio Fernando Alvares de Albuquerque, em interrogatório e se mostrando destemidos, os dois  confessaram a participação na agressão que foi filmada.

Ainda na residência de Carlos Alexandre, no bairro Jardim União, em Várzea Grande, os policiais civis do GCCO apreenderam um simulacro de arma de fogo (pistola).

Os dois presos foram autuados pelo crime de organização criminosa, e representado pela conversão do flagrante em prisão preventiva dos suspeitos, que serão apresentados em audiência de custódia neste sábado (17), ficando à disposição da Justiça.

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