Polícia Civil prende quatro por cárcere privado em clínica da capital

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ALMT TRANSPARENCIA

A Polícia Judiciária Civil prendeu em flagrante quatro pessoas acusadas de sequestro, cárcere privado qualificado e tortura praticada contra um homem de 50 anos que foi internado a força em um centro de recuperação para dependentes químicos de Cuiabá.

A vítima, M.V.C, 50, foi resgatada por policiais da 1ª Delegacia de Polícia, de Várzea Grande, na manhã desta terça-feira (27.03), após permanecer internada por cerca de 25 dias, sem o consentimento da filha e da advogada constituída por ele.

Segundo o delegado, Bruno Lima Barcellos, a irmã da vítima, que teria  assinado a documentação para internação, e os proprietários da clínica, supostamente, forçavam M.V.C. a assinar uma autorização  de pleno acesso a uma conta judicial administrada pela vítima e outros bens. “Estamos apurando essa informação”, disse o delegado. “Foi a irmã que assinou o contrato de internação e autorização para internação contra a vontade dele (vítima) e da família (filha) e a advogada dele”, completou Barcellos.  

A filha já tinha feito boletim de ocorrência comunicando o desaparecimento do pai, mas a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) entendeu que não era caso de desaparecimento e repassou a 1ª Delegacia de Polícia, em Várzea Grande.

No começo do mês a vítima foi sequestrada, em Chapada dos Guimarães, por homens que teriam se identificado como policiais e levada à clínica, onde foi  internada sem seu consentimento, pois não tem nenhum tipo de dependência química ou outro tipo de doença, que necessite de internação para o tratamento.

“Eu acredito que se não tivéssemos feito essa intervenção agora, essa vítima, possivelmente, seria morta. A família o procurou na clínica, ora falavam que ele estava internado ora que tinha saído. A vítima estava incomunicável, não recebia ligação e também não fazia. Ficava lá sem que ninguém soubesse o paradeiro dele, a não ser a irmã”, finalizou o delegado.

A Polícia Civil procura a irmã da vítima para dar explicações na Delegacia. Os nomes dos presos não foram informados, por ainda estar em andamento o trabalho de investigação.

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