Botelho lê carta protocolizada por Fávaro e sacramenta último ato de renúncia do vice

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CAMARA VG

O último ato formal para sacramentar a renúncia do ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) aconteceu no plenário das deliberações Renê Barbour, quando o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), leu a carta protocolizada no Poder Legislativo. Os anais da Assembleia dão conta de que é a primeira vez que acontece a renúncia de um vice-governador na história de Mato Grosso.
 
Eduardo Botelho leu a íntegra da carta de renúncia de Fávaro. “Quero passar para a assessoria publicar [no Diário Oficial do Estado] este ato de renúncia do senhor vice-governador”, observou ele, após a leitura em plenário.
 
“A nova política exigida pela sociedade não quer discurso, quer ação. Tenho convicção de que esta é a decisão mais acertada. Dessa forma, a fim de continuar contribuindo com Mato Grosso na construção de um novo projeto para o Estado, informo Vossa Excelência que renuncio, a partir dessa data, ao cargo de vice-governador”, enfatizou Botelho, na leitura da carta de renúncia do ex-vice-governador.
 
Fávaro tinha avisado que não poderia percorrer Mato Grosso e fortalecer o PSD, recebendo R$ 20 mil por mês do Tesouro do Estado, além de utilizar a estrutura da Vice-Governadoria. Ele lembrou que reduziu de 74 cargos para 20 à disposição do gabinete do vice e abordou sua passagem de 20 meses pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Como pano de fundo, a renúncia do vice é fruto do temor de Fávaro ter de assumir o governo nos próximos meses, em eventual viagem ao exterior de Taques, tornando-o inelegível para o Senado Federal
 
 A bancada 
 
Mesmo com Carlos Fávaro se declarando independente, quatro dos cinco deputados estaduais do PSD continuam apoiando a gestão do governador José Pedro Taques (PSDB). Todos permaneceram na agremiação – a única defecção foi do deputado estadual Doutor Leonardo Albuquerque, que migrou para o Solidariedade (SD).
 
A bancada do PSD ficou parcialmente com Fávaro. Os deputados estaduais Gilmar Fabris, Pedro Satélite, Nininho Ondanir Bortolini e Wagner Ramos continuam na base de sustentação de Taques, enquanto José Domingos Fraga Filho foi o único a adotar a tal postura independente do ex-vice. Todos permanecem no PSD.
 
“Nós manteremos o apoio a governabilidade, mas não significa que iremos dizer amém a todas os projetos. Naquilo que for necessário, faremos as pontuações necessárias”, resumiu Gilmar Fabris, líder do PSD na Assembleia.

Olhar Direto.

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