DataPoder360: rejeição a Bolsonaro vai a 76% entre eleitores que o conhecem

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CAMARA VG

Pesquisa DataPoder360 de julho revela que 76% das pessoas que dizem conhecer Jair Bolsonaro (PSL) declaram que não votariam nele de jeito nenhum.

A taxa de rejeição cai para 55% no grupo de eleitores que afirmam conhecer Bolsonaro apenas “de ouvir falar”. Despenca para 33% entre os que não sabem quem ele é.

Essa combinação de percepções pode ser usada durante o período de propaganda eleitoral na TV e no rádio, quando Bolsonaro será exposto pelos adversários em comerciais ao longo de muitas semanas.

Com Ciro Gomes ocorre fenômeno parecido ao de Bolsonaro. Quanto mais os eleitores dizem conhecer o candidato do PDT a presidente, mais aumenta sua rejeição –no caso, de 63%.

Com os demais candidatos na corrida pelo Planalto, segundo o DataPoder360, dá-se o oposto do que se passa com Bolsonaro e Ciro: quanto mais as pessoas os conhecem, menor tende a ser a rejeição.

O levantamento do DataPoder360, divisão de pesquisas do portal Poder360, realizou 3.000 entrevistas por meio de telefones fixos e celulares de 25 a 28 de julho. Foram atingidas 182 cidades em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O registro do estudo no TSE é BR-09828/2018.

Os resultados gerais do levantamento foram apresentados ontem, 4ª feira (1º.ago.2018). Para ler o post e as tabelas, clique aqui.

Hoje, o objetivo deste post é mostrar as duas perguntas que o DataPoder360 fez individualmente sobre cada candidato.

Primeiro, testou-se o grau de conhecimento dos eleitores sobre cada 1 dos candidatos (“Você diria que conhece, conhece de ouvir falar ou não conhece [nome do candidato]?”). Depois, perguntou-se sobre o potencial de voto e a rejeição (“Você diria que votaria com certeza, poderia votar, ou não votaria de jeito nenhum em [nome do candidato]?”).

Eis os quadros gerais:

Nos quadros a seguir será mostrado o cruzamento entre o potencial de voto e rejeição com o grau de conhecimento que o eleitor tem de cada candidato. Eis os resultados:

Como se observa nos cruzamentos entre potencial de voto/rejeição e grau de conhecimento, o atual líder da disputa presidencial (Bolsonaro, que tem 20%) tem espaço limitado para evoluir entre aqueles que o conhecem. O mesmo vale, em medida parecida, para Ciro Gomes.

Bolsonaro tem apenas 6% de votos certos entre aqueles que dizem saber quem ele é. O candidato do PSL se dá melhor entre os que afirmam conhecê-lo apenas de “ouvir falar”.

Ciro Gomes tem 8% de apoio fechado entre os que dizem conhecê-lo.

Com Geraldo Alckmin o percentual de voto fechado a seu favor tampouco é alto entre os eleitores que dizem conhecer o tucano: só 6%. A diferença é que sua rejeição nesse grupo é de 56% –uma taxa alta, mas menor do que os 63% de Ciro e 76% de Bolsonaro entre esse mesmo tipo de eleitor.

A dificuldade maior do tucano é que sua rejeição total (62%) já é tão grande como a de Bolsonaro.

E a vantagem do capitão do Exército na reserva é que ele já tem hoje 20% de taxa geral de intenção de votos –enquanto Alckmin está apenas com 9%.

CERTEZA DO VOTO

DataPoder360 estratificou os grupos demográficos que já se dizem mais seguros sobre o voto para presidente e os que estão ainda em dúvida sobre quem escolher.

Esse dado é relevante, como se verá a seguir. Primeiro, a tabela sobre a certeza do voto por sexo, idade, escolaridade, renda e região:

Como se observa, a região que mais tem eleitores que se dizem definidos sobre o voto para presidente é a Sudeste: 58% de paulistas, mineiros, fluminenses e capixabas afirmam já estar seguros sobre quem escolher. Depois, vem a região Sul, com 54%.

Juntas, essas duas regiões (Sudeste e Sul) têm 59,7% dos eleitores brasileiros.

Essa é uma boa notícia para Bolsonaro. E ruim para Alckmin.

Ocorre que o capitão do Exército tem 20% de intenções de voto. Desses, 76% dizem estar decididos a votar com certeza nele. Trata-se de 1 voto bem firme –pelo menos, neste momento.

E de onde vêm os votos de Bolsonaro? Segundo o DataPoder360, ele tem 17% no Sudeste e 30% no Sul –justamente as regiões nas quais os eleitores afirmam estar mais decididos sobre em quem votar.

Ao mesmo tempo, Alckmin pontua apenas 12% no Sudeste e 7% no Sul. O tucano terá de furar o bloqueio nesse eleitorado que já diz estar mais favorável sobre o voto em 7 de outubro.

A seguir, como cada grupo demográfico vota neste momento nos principais candidatos a presidente:


HOMENS E MULHERES

DataPoder360 apurou que no total há 43% de eleitores que hoje dizem ter intenção escolher branco, nulo ou nenhum candidato a presidente.

Essa taxa é bem diferente quando se observa separadamente a opinião de homens e mulheres. A taxa de “não voto” masculino é de 33%. O percentual para o grupo feminino é de 51%.

Chama também a atenção o fato de Jair Bolsonaro pontuar 20% no geral, mas entre mulheres ter apenas 11% de intenção de voto. Com os homens ele vai a 31%.

Essa diferença no voto de Bolsonaro quando se observa o gênero do eleitor é em certa medida também verificada nos demais candidatos.

No caso de Alckmin, ele tem 12% entre homens e a metade (6%) entre mulheres.

CONHEÇA O DATAPODER360

A operação jornalística que comanda o Drive e o portal de notícias Poder360 lançou em abril de 2017 sua divisão própria de pesquisas: o DataPoder360.

As sondagens nacionais são periódicas. O objetivo é estudar temas de interesse político, econômico e social. Tudo com a precisão, seriedade e credibilidade do Poder360.

Há agora também outra novidade no Poder360: o agregador de pesquisas, que reúne todos os levantamentos de todas as empresas que investigam intenção de voto e divulgam seus dados.

Trata-se de ferramenta potente para pesquisadores ou leitores em geral que desejam estar informados sobre o atual processo eleitoral –além de poder observar o que disseram todas as pesquisas desde o ano 2000. Copie a URL e guarde na sua lista de favoritos: https://www.poder360.com.br/pesquisas-de-opiniao/

SAIBA QUAL É A METODOLOGIA

DataPoder360 faz suas pesquisas por meio telefônico a partir de uma base de dados com dezenas de milhões de números fixos e celulares em todas as regiões do país.

A seleção dos números discados é feita de maneira aleatória e automática pelo discador.

O estudo é aplicado por meio de 1 sistema IVR (Interactive Voice Response) no qual os participantes recebem uma ligação com uma gravação e respondem a perguntas por meio do teclado do telefone fixo ou celular.

Só são consideradas as ligações nas quais o entrevistado completa todas as respostas. Entrevistas interrompidas ou incompletas são descartadas para não produzirem distorções na base de dados.

Os levantamentos telefônicos permitem alcançar segmentos da população que dificilmente respondem a pesquisas presenciais. É muito mais fácil atingir pessoas em áreas consideradas de risco ou inseguras –como comunidades carentes em grandes cidades– por meio de uma ligação telefônica do que indo até as residências ou tentando abordar esses cidadãos em pontos de fluxo fora dos seus bairros.

“É importante levar em conta que cada empresa usa uma metodologia diferente em suas pesquisas. O que é relevante é adotar 1 método consistente, que leve em conta a demografia do eleitorado brasileiro e que faça as ponderações corretas. É isso o que fazemos no DataPoder360”, explica o cientista político Rodolfo Costa Pinto.

Qual a diferença entre uma pesquisa realizada por telefone e outra na qual o entrevistado é abordado na rua ou é procurado em sua residência?

“Estudos de intenção de voto com entrevistas presenciais têm suas características próprias, assim como as pesquisas telefônicas. Por exemplo, algumas pessoas podem se sentir mais à vontade para declarar seu voto olhando nos olhos do entrevistador. Outras se sentirão mais confortáveis fazendo isso ao telefone. Nenhum método é mais certo ou errado do que o outro. O importante é a consistência da metodologia e a possibilidade de repetir os estudos com frequência, pois a curva dos percentuais de cada candidato é que revela uma possível tendência, e não apenas 1 levantamento isolado e feito a cada 3 ou 4 meses”, explica Costa Pinto.

O resultado final das pesquisas DataPoder360 é ponderado pelas variáveis de sexo, idade, grau de instrução e região de origem do entrevistado ou entrevistada. A ponderação é 1 procedimento estatístico que visa a compensar eventuais desproporcionalidades entre a amostra e a população pesquisada. O objetivo é que a amostra reflita da maneira mais fiel possível o universo que se pretende retratar no estudo.

DataPoder360 trabalha com uma margem de erro preferencialmente inferior a 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. Esse percentual pode variar em cada levantamento e os leitores são sempre informados detalhadamente sobre qual foi a metodologia utilizada.

Neste ano de 2018, as pesquisas de intenção de voto seguem estritamente todas as determinações legais e as resoluções da Justiça Eleitoral.

Esta rodada do DataPoder360 foi realizada de 25 a 28 de julho de 2018. Foram entrevistadas 3.000 pessoas com 16 anos ou mais em 182 cidades em todas as regiões do país. A margem de erro deste estudo é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O número de registro desta pesquisa na Justiça Eleitoral é BR-09828/2018.

 

Fonte: msn.com

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