“Único jeito de elevar receita é arrecadar de quem gera riqueza”

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CAMARA VG

O vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) afirmou que a única maneira de aumentar a receita do Estado, para tirá-lo da crise financeira, é arrecadar mais  impostos do setor produtivo, como agronegócio, indústria e comércio.

Pivetta afirmou que uma das estratégias é rever os incentivos fiscais desses setores, citando que “nada dura para sempre”.

Segundo ele, o setor do algodão, por exemplo, cresceu muito nesses últimos anos com a ajuda do Estado e agora está na hora de inverter o jogo.

“Mato Grosso, nesse período [desde a criação do Proalmat, o programa de incentivo à produção da pluma], se transformou no maior produtor de algodão do Brasil. Produz 60% da pluma brasileira, é um dos campeões mundiais em produção de algodão. E não só produção, mas um algodão de altíssima qualidade, com altíssima produtividade. Então é evidente que já passou da hora de revisar o incentivo. Será que precisa ainda?”, questionou o vice-governador em entrevista à Rádio Capital FM nesta terça-feira (8).

 

Nós vamos sentar com o setor produtivo, que é importante para o Estado. Nós não devemos penalizar o setor produtivo, mas só tem um jeito de aumentar a receita: é arrecadar de quem gera riqueza e de quem está ganhando dinheiro dentro do Estado

“É óbvio que tem fazer uma redução dos incentivos fiscais de maneira em geral, do comércio, da indústria. Vai ser feita uma visita e uma revisão porque as coisas não são para sempre. Nós estamos trabalhando nisso porque é óbvio que tem espaço sim e nós vamos propor isso à sociedade e à Assembleia Legislativa porque o Estado precisa de recursos para fazer infraestrutura”, acrescentou Pivetta.

Em entrevista ao MidiaNews nesta semana, o presidente da Ampa (Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão), Alexandre Schenkel, se posicionou contra qualquer medida que eleve os impostos no setor.

Pivetta afirmou que Mato Grosso vive uma situação econômica muito difícil e que, diante disso, é necessário que o Governo tome atitudes austeras.

“O Estado hoje está de mãos atadas, não tem dinheiro nem para comprar o material de uso diário, não tem dinheiro para pagar o décimo terceiro dos servidores… E, diante disso, nós precisamos ter atitudes e é isso que nós estamos tendo. Nós vamos sentar com o setor produtivo, que é importante para o Estado. Nós não devemos penalizar o setor produtivo, mas só tem um jeito de aumentar a receita: é arrecadar de quem gera riqueza e de quem está ganhando dinheiro dentro do Estado”, afirmou.

O vice-governador finalizou afirmando que com essas atitudes o Governo irá conseguir "dar um cavalo de pau" e colocar o Estado nos trilhos. 

“O Estado é um Estado cheio de oportunidades para investidores, para ganhar dinheiro e também para um Governo inteligente, criativo, dar um cavalo de pau, virar esse jogo e começar entregar bom serviço para a sociedade. Cuidar bem da Saúde, cuidar bem da Educação, cuidar bem da Segurança”.

“é isso que queremos, é para isso que nós viemos, é por isso que Deus e o povo mato-grossense quis que Mauro Mendes fosse eleito governador e eu na posição de vice estou debruçado e vamos ajudar a fazer isso, vamos fazer esse cavalo de pau e vamos botar Mato Grosso nos trilhos”, pontuou.

 

Fonte: Midia News

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