Países europeus ameaçam deixar acordo com Mercosul por fogo na Amazônia

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ALMT TRANSPARENCIA

Fonte: Msn

Os líderes políticos da França, Alemanha e Irlanda ameaçaram votar contra o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia se o governo brasileiro não tomar medidas para a preservação da Amazônia. O presidente francês, Emmanuel Macron; o porta-voz da chanceler da Alemanha, Angela Merkel; e o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, fizeram declarações a respeito.

Nesta 6ª feira (23.ago), Macron acusou o presidente Jair Bolsonaro de “mentir” para ele na cúpula do G20 de Osaka e que decidiu “não respeitar seus compromissos climáticos nem se comprometer com a biodiversidade”. Diante disso, ele anunciou que “a França se opõe ao acordo do Mercosul”.

Seguindo o presidente francês, Merkel anunciou por meio de seu porta-voz Steffen Seibert que apoia Macron “completamente”. Além disso, a chanceler alemã defendeu que o caso da Amazônia fosse discutido pelos países do G7, que reúnem-se neste final de semana na França.

A Irlanda manifestou-se sobre o tema na 5ª feira (22.ago) à noite, ameaçando votar contra o acordo Mercosul-UE se o Brasil não respeitar os compromissos ambientais.

Queimadas na Amazônia

Nos últimos dias, a proporção dos incêndios na Floresta Amazônica ganhou repercussão internacional. Dados do programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgados na última 2ª feira (18.ago) revelaram que as queimadas no Brasil registradas de janeiro a 18 de agosto de 2019 aumentaram mais de 80% quando comparadas às ocorrências no mesmo período do ano passado.

O órgão registrou 71.497 focos de queimadas até 18 de agosto deste ano, contra 39.194 no ano anterior. É o maior número registrado desde 2013, início da série histórica. O recorde anterior foi em 2016, quando foram registrados 66.622 focos.

Acordo Mercosul-UE

O acordo Mercosul-UE, firmado em junho após 20 anos de negociações, diminui taxas de importação de produtos da União Europeia, facilitando comércio entre Brasil e Europa.

Para entrar em vigor, o acordo ainda precisará passar por revisão técnica e jurídica. Depois, será definida uma data para assinatura. Por fim, o texto será encaminhado para apreciação do Parlamento Europeu e do Legislativo de cada 1 dos membros dos 2 blocos.

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