De acordo com as investigações, além do impacto ambiental na região, o garimpo ilegal estaria causando grande devastação social no município, com aumento do índice de homicídios, tráfico de drogas, prostituição, entre outros.
No total, são aproximadamente 160 policiais e servidores da Secretaria de Meio Ambiente e Ibama participando da ação, que durará toda a semana.
Fase 1
No dia 26 de setembro, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da ‘Operação Trypes’, com o objetivo de investigar irregularidades na extração de ouro em garimpos de Mato Grosso. Foram cumpridos mandados de prisão em Juína, Aripuanã, Alta Floresta e Paranaíta.
A ação tem ligação com o avião localizado em junho deste ano, na cidade de Aripuanã, com uma quantidade em ouro.
O caso
Policiais militares de Aripuanã (1002 quilômetros de Cuiabá) prenderam, em junho deste ano, dois suspeitos identificados como R.R.L., 34 anos, e W.B.F., 33 anos, em um aeroporto na zona rural do município. Com eles foram apreendidos 6,5 quilos de ouro avaliados em R$ 7 milhões, além duas pistolas (9mm e 635) com seus respectivos carregadores e 27 munições intactas.
De acordo com informações da PM, uma equipe fazia rondas pelo local quando avistou uma aeronave de pequeno porte pousando e logo em seguida levantando voo novamente, sem que ninguém descesse.
Próximo da área de pouso havia uma caminhonete Hilux de cor preta com dois homens do lado de fora, bem próximos do veículo. Os policiais suspeitaram da situação e decidiram abordá-los.
Dentro do carro, em uma caixa de papelão, estava o ouro, precisamente seis quilos e 570 gramas. O suspeito R.R.L., 34 anos, que portava uma das pistolas, confessou ser o dono do ouro.
Ele disse que estava aguardando a aeronave que levaria o ouro, mas não fez referência ao avião que havia pousado minutos antes e levantado voo.
A outra arma, também pistola, estava no carro. O outro suspeito, também detido, W.B.F., 33 anos, não portava nada de ilícito. O “dono do ouro”, R.R.L. disse ser proprietário de um moinho (equipamento que faz a moagem das pedras e separação do ouro) dentro de um garimpo na região, mas admitiu não ter nota fiscal do metal e nem registro das armas.“