Backer desconhece suposta intoxicação por cerveja Belorizontina em VG e nega envio de equipe a MT

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Fonte: Olhar direto

A Cervejaria Backer negou o caso de um morador de Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá) que teria sido contaminado pela cerveja Belorizontina. Asseverou também que não tem conhecimento do deslocamento de uma equipe multidisciplinar para a Capital mato-grossense, que deveria prestar atendimento ao suposto atingido pela intoxicação por dietilenoglicol. Até o momento, 28 pessoas foram intoxicadas, sendo que quatro casos evoluíram para óbito.

A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais informou que a distribuição geográfica dos 28 casos notificados, segundo município de residência, é a seguinte: 21 casos em Belo Horizonte, e os demais casos contabilizam registros em Capelinha, Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.

Procurada pelo Olhar Direto, a Backer disse que estruturou uma equipe com psicólogos e assistentes sociais para prestar atendimento e desde então tem atuado para acolher todas elas. Contudo, não há informações de vítima em Várzea Grande. As pessoas hospitalizadas e seus familiares estão sendo visitados pessoalmente por representantes da cervejaria, segundo informou a assessoria de imprensa.

“Nosso objetivo é conhecer essas pessoas e identificar suas demandas, afirma Paula Lebbos, diretora de Marketing da Backer. Até o momento, as cinco famílias que já entraram em contato já foram visitadas.

A orientação é de que as vítimas procurem a empresa para comunicar a intoxicação. Por tratar-se de objeto de investigações pelas autoridades, as informações sobre esses pacientes são confidenciais. “Para que tenhamos acesso a essas pessoas e possamos ajudá-las, é muito importante que entrem em contato por meio dos canais divulgados”, afirma.

Além dos atingidos diretamente, qualquer pessoa que tiver dúvidas sobre os procedimentos a serem adotados após o consumo e a destinação correta dos produtos, que entrar em contato receberá o acolhimento psicossocial. Até o momento, foram finalizados 50 atendimentos deste tipo.

Até terça-feira (28), segundo Boletim de investigação do Governo de Minas Gerais, foram notificados 28 casos suspeitos de intoxicação exógena por Dietilenoglicol. Desses, 24 pessoas são do sexo masculino e quatro do sexo feminino. Quatro casos foram confirmados e os 24 restantes continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sinais e sintomas compatíveis com o quadro de intoxicação por dietilenoglicol e com relato de exposição.
Em Mato Grosso,  a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio do setor de Vigilância Epidemiológica e por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), orientou a população a não consumir os lotes L 1 1348 e L 2 1348 da cerveja Belorizontina.

A Vigilância alerta ainda para os sintomas em caso de intoxicação: náuseas e/ou vômitos e/ou dor abdominal, associados à redução urinária de evolução rápida para insuficiência renal aguda, seguida ou não de uma ou mais alterações neurológicas como paralisia facial, visão embaçada, coceira facial, alterações de sensório, paralisia descendente e crise convulsiva. Os casos suspeitos devem ser imediatamente informados à Vigilância Epidemiológica municipal.

Como acionar a Backer:

– A pessoa aciona a Backer pelo telefone (31) 3228-8859 ou e-mail acolhimento@cervejabelorizontina.com.br para a realização de uma triagem inicial.

-Em seguida, a equipe multidisciplinar da Backer, formada por psicólogos e assistentes sociais, entra em contato com essas pessoas para realizar o acolhimento psicossocial completo.

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