Mendes rebate Júlio Campos e diz que reduzir Mato Grosso ao VLT é um equívoco

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
CAMARA VG

Fonte: Olhar Direto

O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu, na manhã desta quinta-feira (30), declarações dadas pelo ex-governador Júlio Campos (DEM), que sugeriu que seu correligionário possa se tornar um “novo Pedro Taques” caso não conclua as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). O Governo aguarda a finalização de um estudo para se posicionar sobre o assunto, mas dá indícios cada vez mais claros de que pretende descartar o modal no Estado.

“O Julio Campos é um ex-governador, ex-senador, ex-deputado, eu imagino que ele cometeu um equivoco ao fazer essa fala, porque seria reduzir Mato Grosso e todos os seus problemas, com toda a demanda de infraestrutura que temos nos 141 municípios, todos os problemas na saúde, tudo aquilo que o Governo tem que fazer na Educação, como se só existisse o VLT para fazer. O Governo tem que olhar para tantas e tantas áreas que afetam o interesse de mais de 3,4 milhões de cidadãos. Reduzir todo o interesse dos mato-grossenses ao VLT é uma análise que eu discordo e lamento que ele tenha feito isso”, disse o governador.

A declaração de Júlio Campos foi dada em entrevista ao programa Tema Livre, da TVG (TV Várzea Grande), na noite de terça-feira (28). O democrata disse que, se fosse governador do Estado, terminaria o VLT com urgência, e lembrou que a conclusão da obra foi um compromisso firmado em campanha por Mendes.

“Acho que o governador Mauro Mendes tem que terminar esse VLT. Caso contrário, ele corre o risco de, politicamente, ser um novo Pedro Taques”, disse, na ocasião.

VLT

A obra foi iniciada em agosto de 2012 e mais de R$ 1 bilhão já foi aplicado no “novo” modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande. Os trilhos que guiariam o VLT nos dois municípios quase não existem, e os que já foram construídos estão se deteriorando, juntamente com os vagões que estão estacionados no Centro de Controle Operacional e Manutenção, localizado em Várzea Grande e que, por curiosidade, também está se definhando por falta de manutenção.

Parado desde dezembro de 2014, o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos será composto por duas linhas (Aeroporto-CPA e Coxipó-Porto), com total de 22 km de trilhos e terá 40 composições, com 280 vagões. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.

Serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada onde também poderá ser feita a integração com ônibus.

Atualmente, o Governo aguarda a finalização de um estudo técnico que está sendo feito por um Grupo de Trabalho (GT) composto por vários órgãos e comandado pela Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, vinculada ao Ministério de Desenvolvimento Regional.

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