Avallone assume comando do PSDB em meio a ‘racha’ sobre Senado e Prefeitura de Cuiabá

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Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto
CAMARA VG
Fonte:Olhar Direto
Cumprindo acordo firmado no ano passado, quando o novo Diretório do PSDB em Mato Grosso foi eleito, o ex-vereador Paulo Borges passou o comando do partido ao deputado Carlos Avallone, na tarde desta quarta-feira (12). O parlamentar assume a sigla com duas importantes missões: pacificar as candidaturas de Nilson Leitão ao Senado e de Carlos Nigro à Prefeitura de Cuiabá. Filiados divergem.

na eleição suplementar que irá definir o substituto da senadora cassada Selma Arruda (PODE).

Na ocasião, Borges afirmou que apesar da procura de Taques e de outros filiados, o partido havia decidido apoiar a pré-candidatura de Nilson Leitão. O ex-governador negou que tenha se movimentado para viabilizar sua candidatura e, dias depois, o agora expresidente do PSDB mudou seu discurso.

“A Executiva do partido permitiu, em uma reunião que não era oficial, que o Nilson Leitão trabalhasse sua pré-candidatura. Nós fomos até o ex-governador Pedro Taques e ele não colocou seu nome à disposição. Ele nunca me disse que queria ser candidato. Mas se isso acontecer, o partido vai trabalhar conforme a legislação partidária”, esclareceu Avallone, durante sua posse nesta quarta-feira.

Disputa pelo Alencastro

A tensão no ninho tucano foi ampliada na segunda-feira (11), quando o vereador Renivaldo Nascimento disse que a já anunciada pré-candidatura do empresário Luiz Carlos Nigro não decolaria e que o partido estaria fechado com a reeleição de Emanuel Pinheiro.

Renivaldo classificou a candidatura de Nigro como “jogo de cena”. “O PSDB não tem condições nenhuma de lançar candidato à Prefeitura de Cuiabá. O PSDB não honrou nem os compromissos financeiros da última eleição em que teve o candidato Wilson Santos. Eu não quero dar o calote em ninguém e o PSDB, que é um partido sério, não irá fazer isso”, criticou.

Avallone rebateu as declarações do correligionário e garantiu que a candidatura de Nigro só será descartada em caso de desistência do mesmo.

“Talvez a falta de experiência do Renivaldo na administração partidária, ele não conhece a história dos partidos provavelmente, e não sabe que essas dívidas partidárias vêm de muitos anos. Elas existem, nós temos que pagar, mas com a vinda do Fundo Partidário, temos um compromisso da Nacional – intermediado pelo ex-governador Pedro Taques, pelo Nilson Leitão e pelo Wilson – de que essas dívidas estão começando a serem pagas. O partido vai continuar. Essas dívidas vão nos impedir de lançar candidato? Não é bem por aí”, ponderou.

“Existe um trabalho dos vereadores do PSDB, comandados pelo Diretório Municipal, e nós respeitamos muito essas questões partidárias. Eles têm uma preferência pela candidatura do Emanuel Pinheiro e isso é legitimo, não tem problema nisso. Então assim, eles estão trabalhando nisso. Mas o Nigro é nosso pré-candidato e nós vamos caminhar com isso até a convenção. Se não lançarmos candidatura própria, aí é o Diretório Municipal quem vai tratar disso, a decisão fica com eles”, acrescentou o deputado.

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