Minhas lembranças
Eu busquei na memória as melhores lembranças para contar a minha história.
Lembranças boas e bobas, como as de quando criança: não fazia outra coisa se não jogar bola.
Aquelas esquecidas, iguais a da boa comida dos finais de semana na casa de minha vó.
Não dá pra esquecer do primeiro cachorro, na verdade, uma linda cadela por nome de Lima. Era uma vira-lata faceira e, com ela, de certa maneira, o sentido do verdadeiro carinho eu pude aprender.
O tempo passava e, com ele, a responsabilidade insistia em crescer. A escola agora não era mais só brincadeira, tinha cobranças, notas e boletins.
Foi lá que descobri o teatro, minha verdadeira paixão, encontrei a resposta de que, como ator, poderia ser quem eu quisesse, a vida tinha sentido tanto quanto a máscara da tragédia e comédia, bastava o lado escolher.
Vivi diversas paixões e aventuras, fui do romance ao platonismo e com isso preparei o coração para o momento que esperava um dia chegar, o amor.
‘Verdadeiro ou não’ nunca foi a questão, ele chegou e foi bom.
Amei e fui amado e, ao lado de quem o tempo me reservou, tive momentos memoráveis, daqueles que aqui não caberia descrever.
Muitas amizades construí, daqueles amigos irmãos que, além da memória, trago no coração.
Aliás, disso sim eu me orgulho, meus amigos. Nada vale mais que a verdadeira amizade.
Deixo assim registrado, que as lembranças que prevalecem são as que nos fazem sorrir, pois foi sempre assim com muita alegria que eu fiz questão de, neste plano, viver.
O meu verdadeiro legado sempre foi um bocado de sorriso a compartilhar. E, nas próximas lembranças, quero apenas repetir o caminho que até aqui eu pude trilhar.