Fonte: Olhar Direto
Assim como a hidroxicloroquina, a procura por ivermectina teve aumento nas farmácias de Cuiabá e Várzea Grande. O vermífugo está sendo indicado por médicos em casos suspeitos ou confirmados da Covid-19, quando apresentam sintomas leves. No entanto, muitas pessoas estão tomando sem prescrição médica, ou até sem qualquer sintoma da doença.
Os estoques da ivermectina estão zerados em muitos estabelecimentos. Na Drogaria Ipiranga Popular na Capital, o remédio já está em falta nas prateleiras há uma semana. A previsão de chegada de novas caixas do comprimido é para quinta ou sexta-feira, segundo a distribuidora.
Quando disponível, o remédio é vendido de maneira limitada à duas unidades por CPF. Segundo o funcionário da drogaria, a farmácia nem chega a receber o número total de medicamentos encomendado, e acaba recebendo apenas 20 caixas, mesmo após ter encomendado mais de 100 unidades do comprimido.
Em outra farmácia na avenida Joaquim Murtinho, região central de Cuiabá, a busca pelo medicamento começou há cerca de três semanas. Com a saída rápida, novos pedidos foram feitos.
“Começou a faltar, porque essa procura não foi só na nossa farmácia, foi geral em Cuiabá e Várzea Grande. As distribuidoras não estavam preparadas para suprir a necessidade das farmácias”, explicou uma farmacêutica. Segundo ela, as distribuidoras estão limitando os pedidos para os estabelecimentos.
Com a pandemia, a farmacêutica lembra que a hidroxicloroquina também esgotou nas prateleiras. “Ela só está sendo encontrada em farmácia de manipulação, na maioria das vezes, ou em hospitais”, cita.
“Depois foi o Annita [vermífugo], que também já virou controlado por causa da alta demanda das pessoas estarem tomando não só para a parte do vermicida. Agora são a ivermectina e azitromicina”, acrescenta. Este último, é necessário receita médica para ser vendido.
“Vale ressaltar que os estudos são novos. Até a gente está começando a encaixar na nossa nova realidade. Na medida do possível, a gente vai orientando. Tem a dose segura, que já vem na bula, de acordo com o que já foi estudado. Crianças menores de cinco anos e grávidas só podem tomar com orientação médica”, finaliza.
Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, não há medicamento específico ou vacina contra o coronavírus. Por se tratar de uma doença nova, estudos ainda estão sendo feitos em todo mundo.