Fonte: Olhar Direto
Os irmãos da adolescente de 14 anos que matou a própria amiga Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá, com um disparo supostamente acidental, estiveram na manhã desta terça-feira (28) na Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), para serem ouvidos no caso.
Os dois irmãos chegaram acompanhados da mãe, Gaby Soares de Oliveira Cestari, 44 anos e do advogado Renan Serra. Nenhum deles quis se pronunciar na chegada a unidade especializada. Segundo o defensor, eles somente irão conversar com a imprensa após a tomada do depoimento.
O laudo de necropsia da adolescente Isabela Guimarães Ramos concluiu que a jovem estudante levou um tiro de uma curta distância.
No laudo que tem 42 páginas, os peritos da Politec, explicam que a morte ‘deu-se em decorrência de um traumatismo crânio-encefálico por ação de instrumento pérfuro-contundente, com disparo de arma de fogo a curta distância.
Isabele morreu com um tiro na cabeça (entrou na região da narina e saiu pela nuca), efetuado pela amiga ao manusear uma pistola PT 380, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
O Ministério Público Estadual (MPE) apontou no mandado de busca e apreensão, deferido pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude da Comarca de Cuiabá, que o empresário Marcelo Cestari teria feito várias ligações a terceiros antes da chegada do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) à sua residência, no condomínio Alphaville, local em que a adolescente Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, foi morta.
Um menor de idade, ouvido como testemunha no caso contradisse a versão apresentada pelo empresário Marcelo Cestari, em depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O adolescente contou que o empresário estaria na sala da casa quando aconteceu o disparo que matou Isabele.
O empresário então contou que escutou um barulho, parecendo com o de uma porta de vidro fechando.
Consta ainda no documento de Marcelo que a porta estaria fechada e, por conta disto, não teria identificado que se tratava de um disparo de arma de fogo.