Família de adolescente de 17 anos morto por engano cobra justiça

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Fonte: Olhar Direto

Lauranir da Costa e Sérgio Rodrigues Oliveira, pais de Ruan Pablo Costa Oliveira, 17 anos, assassinado por engano a tiros em Aripuanã (a 704 quilômetros de Cuiabá), em dezembro do ano passado, cobram justiça e punição aos envolvidos. As investigações apontam que os responsáveis pelo homicídio são Edmilson Ferreira e Osvaldo Yung Junior, conhecido como Junior Caixeta. No entanto, ambos estão em liberdade.

O crime aconteceu no dia 28 de dezembro, pouco mais de três meses após sua chegada na cidade. Antes disso, ele e a família moravam em Ipatinga (MG). Depois de um dia de trabalho em uma oficina, Ruan havia ido até a praça da cidade pegar sinal de wifi, juntamente com um amigo, quando foram surpreendidos por dois homens que atiraram. Ruan foi morto por engano, conforme aponta a Polícia Civil. Inocente, ele não tinha passagens criminais.

Os verdadeiros alvos teriam envolvimento em uma tentativa de latrocínio ocorrida com o filho de um vereador. Há rumores da promessa de R$ 100 mil para quem encontrasse os suspeitos.

“No lugar errado, na hora errada”

A mãe lembra que naquele dia o filho havia trabalhado até 14h30. Entusiasmado com aprendizado no novo trabalho, Ruan chegou a compartilhar que estava feliz por ter consertado um carro.

“Meu filho foi a trabalho e eu voltei com ele no caixão. A gente sofreu muito, uma perda irreparável. Eu daria tudo para ter meu filho de volta. Todo mundo que conviveu com meu filho sabia da índole dele. Eu falo de justiça porque meu filho era realmente uma pessoa do bem. Ele estava no lugar errado, na hora errada”, disse.

“Meu filho não tinha nada a ver com o caso. Ele foi morto por engano, porque estava em uma praça para simplesmente pegar wifi”, garante Lauranir. Ruan estava acompanhado de um amigo. Ele sobreviveu e se tornou testemunha.

 

Na mesma época da morte de Ruan, a família também sofreu com a morte de outro familiar, o tio do adolescente portador de sindrome de down. “Eles eram unidos. Meu irmão o viu no caixão, suspirou muito forte. Depois que enterrou meu filho, ele não aguentou. Foi para o hospital e depois de 18 dias internado, faleceu. A gente perdeu dois entes queridos na família”, lembra.

Procurada, a Polícia Civil informou que Edimilson Ferreia chegou a ser preso, ocasião em que foi interrogado, porém foi colocado em liberdade. O outro suspeito, Osvaldo Yung Junior está com o mandado de prisão em aberto e continua foragido.

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