Em 2014, o fotógrafo Luzo Reis registrou um deslizamento de terra nos paredões da Cidade de Pedra, em Chapada dos Guimarães (64 km de Cuiabá). As imagens foram compartilhadas por ele no Instagram, na terça-feira (9). Junto com a foto, Luzo fez um alerta sobre os novos deslizamentos que causaram interdição no trecho do Portão do Inferno, na MT-251.
A pista está interditada nesta quarta-feira (10) para trabalhos emergências de contenção que estão sendo realizados pela secretaria estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra). O fotógrafo explicou que o barulho provocado pelo deslizamento em 2014 parecia “uma explosão” e que tudo aconteceu muito rápido.
“Era um enorme deslizamento em um paredão a frente do ponto onde estávamos. Reparem que havia poucas nuvens e o céu estava azul. Nenhum sinal de chuva. Posto essas fotos agora porque passei nesses últimos dias na estrada e achei o progresso das obras de contenção que estão fazendo no Portão do Inferno e outros pontos próximos MUITO LENTA. Em um dos pontos de risco há uma fratura em diagonal na rocha evidente”.
Para Luzo, a sensação é de que as autoridades não estão levando o problema “suficientemente a sério”. “Não sou nenhum especialista, mas ter presenciado essa cena me deu a dimensão da força e da rapidez que um deslizamento pode ter. Afinal, como estão as obras da tal rodovia alternativa que irão fazer? Acabei de ver no noticiário que apenas hoje a Câmara autorizou essa obra”.
O secretário de Infraestrutura, Marcelo Oliveira, vem criticando a falta de medidas por parte do Governo Federal, reiterando que o Parque de Chapada é de competência da União e, caso a administração do atrativo estivesse nas mãos do governo estadual, essa situação não teria acontecido.
“Infelizmente, é muito fácil sentar e repassar o problema para os outros. Nós estamos tentando fazer a administração do Parque de Chapada e eu não sei o motivo pelo qual o governo federal não dá ao estado de Mato Grosso o gerenciamento do Parque Nacional de Chapada. Nós estamos querendo fazer, está aí. Já propusemos 30 vezes. Talvez, se a gente tivesse com esta administração, a gente já teria resolvido esse problema”, complementou.