Mulher de 36 anos identificada apenas como F.M.D.A.D está sendo investigada pela Polícia Civil por atuar como enfermeira em unidades de saúde de Poxoréu (240 km de Cuiabá). Ela também ministrava aulas como professora, mesmo sem possuir o registro profissional.
Segundo o boletim de ocorrência, uma enfermeira e fiscal do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-MT) procurou a delegacia da Polícia Civil na quarta-feira (17) para informar que uma mulher estava exercendo de forma irregular a atividade.
O caso foi descoberto após uma denúncia anônima ser feita na ouvidoria do Conselho. A mulher estava atuando na unidade de saúde do Distrito de Jarudore, em Poxoréu e no Centro de Saúde Dr. João Andrade Figueiredo.
Durante as diligências, foi constatado que a mulher foi contratada como enfermeira em 2021 devido a um processo seletivo. Já em janeiro deste ano, ela foi exonerada do cargo por causa do vencimento do contrato de trabalho junto ao município.
Foram constatados ainda erros na Carteira de Identificação Profissional e no diploma. Entre as irregularidades encontradas estão: cor da carteira errada, diferença de grafia no diploma e também no tipo de papel escolhido para tentar simular uma carteira original.
O fato foi comunicado para a Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a fiscal Cintia Ribeiro de Paula, é fundamental que as instituições contratantes façam a conferência dos documentos dos profissionais contratados.
“É importante reforçar que além do diploma, a Carteira de Identidade Profissional (CIP) apresentada pela suspeita também é falsa, ou seja, nenhuma documentação da suspeita sequer passou pela análise do Conselho. Todo o material recolhido pela equipe de fiscais foi encaminhado para as autoridades policiais para que a investigação no campo criminal possa ser feita”, diz trecho da nota do Coren.
Ainda conforme o boletim de ocorrência, a mulher postava nas redes sociais que ministrava aulas e dava instruções sobre o curso de enfermagem. Mesmo sem o registro profissional, ela deu aulas como professora na área de injetáveis na cidade de Guiratinga.
Agora, o caso será investigado pela Polícia Civil.