Atirador diz ter sido pressionado por mandantes que temiam perder ‘outra terra’ para Zampieri;

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Foto: PMMT
CAMARA VG

O Olhar Direto obteve em primeira mão vídeos do depoimento de Antônio Gomes da Silva, apontado pela Polícia Civil como o executor do advogado Roberto Zampieri. Em uma das gravações, o investigado explica que foi pressionado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa – considerado o intermediário – a executar “logo” o crime, pois estava na iminência de “perder outra terra” para a vítima.

“Uma mensagem que eles mandaram pra mim, por meio do Barbosa, o dono da fazenda, uma pessoa falando assim: ‘ele (Roberto Zampieri) já ficou com a minha (terra). Isso aí (o assassinato) tem que ser rápido, porque ele já pegou a minha e agora está pra pegar do meu irmão. Essa pressão vinha de alguém para o coronel, do coronel para o Barbosa e do Barbosa pra mim”, disse Antônio no depoimento. O coronel citado por Antônio é o oficial da reserva remunerada do Exército Brasileiro (EB), Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, preso na segunda-feira (15).

A oitiva foi presidida pelo delegado Edson Pick, que dá apoio ao presidente do inquérito, delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Antônio confessou que atirou cerca de dez vezes em Zampieri. O crime ocorreu no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, no dia 5 de dezembro, quando a vítima deixava o seu escritório de advocacia, na capital.

Antônio, Barbosa e Caçadini estão presos temporariamente pelo crime. Os dois primeiros estão reclusos na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, enquanto que o coronel está no 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. Já Maria Angélica Caixeta Gontijo, que chegou a ser presa suspeita de ser a mandante, está em liberdade provisória.

 

 

 

Fonte: Olhardireto