O juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquérito Policiais (NIPO), determinou, na noite de quinta-feira (18), a soltura da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo. Ela é suspeita de ser a mandante da morte do advogado Roberto Zampieri.
Na decisão judicial, o magistrado suspendeu o passaporte, o registro de CAC e determinou que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica.
De acordo com o documento, a Polícia Civil requereu pela prorrogação da prisão temporária por mais 30 dias de Maria Angélica e do atirador Antônio Gomes da Silva.
A defesa de Maria apontou que a empresária se entregou voluntariamente. Conforme o juiz, não há elementos concretos aptos a ensejar a prorrogação da prisão temporária dela.
“Quantum satis, averiguo também, que não fora comprovada a extrema e comprovada necessidade da Prorrogação da Prisão Temporária da investigada Maria Angélica Caixeta Gontijo, determinação legal preconizada no artigo 2º, § 4º da Lei 8.072/90. Sendo assim, esgotado o prazo e, não prorrogada a Medida ou não convertida em Prisão em Preventiva por Decisão Judicial, a investigada deverá ser posta em liberdade”, diz trecho do documento.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) informou que deu parecer favorável para a prorrogação da prisão de Maria e que vai entrar com um recurso contra a decisão de soltura.
Entenda o caso
Zampieri foi morto no dia 5 de dezembro, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Antônio aguardou a vítima embaixo de uma árvore, por aproximadamente uma hora.
Quando Roberto saiu do escritório e entrou na picape Fiat Toro, foi surpreendido pelo atirador, que efetuou pelo menos dez disparos. Na ocasião, o jurista estava com R$ 11 mil no bolso.
A ação do criminoso foi registrada por câmeras de segurança instaladas em prédios residenciais. Nas gravações, é possível visualizar o atirador com uma caixa usada para tentar camuflar o armamento e abafar o som dos tiros. O objeto foi encontrado em frente a outro escritório de advocacia que fica nas proximidades.