O Ministério Público Federal mantém uma ação contra funcionários dos Correios de Várzea Grande que furtavam telefones celulares

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Reprodução
CAMARA VG

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu prosseguir com a investigação criminal contra sete funcionários terceirizados dos Correios de Várzea Grande, pelos crimes de furto e peculato. A Operação Destino Final, iniciada pela Polícia Federal em 2021, teve como objetivo desarticular o grupo que causou um prejuízo de R$ 47.281,04 devido ao furto de celulares.

De acordo com a portaria publicada no diário oficial do Ministério Público Federal desta sexta-feira (26), a 2a Câmara de Coordenação e Revisão do órgão decidiu, por unanimidade, manter a investigação sobre os alvos. Além disso, decidiu rejeitar a possibilidade de um acordo de não persecução penal, uma vez que a denúncia contra eles foi recebida em 2021.

A prática repetida de furto-peculato pelos denunciados, em associação criminosa, e as circunstâncias do crime também foram consideradas para recusar o acordo.

Em sessão realizada nesta data, o colegiado, por unanimidade, decidiu pelo não recebimento da insurgência dos recorrentes, com o consequente prosseguimento da persecução penal.

A Polícia Federal deflagrou a operação Destino Final em junho de 2021, com objetivo de desarticular quadrilha especializada em desviar e furtar encomendas dos Correios. Em Cuiabá e Várzea Grande, foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

As investigações, iniciadas em 2020, contaram com o apoio dos Correios, e apontaram que um grupo criminoso formado por funcionários terceirizados, que trabalhavam na Central de Distribuição dos Correios em Várzea Grande, selecionavam encomendas, principalmente aparelhos telefônicos e as desviavam para terceiros.

O grupo atuava de maneira coordenada e quando um dos investigados identificava uma encomenda contendo aparelho telefônico repassava a informação para os demais, que agiam de forma a não serem flagrados pelas câmeras de monitoramento.

Após a subtração, os criminosos repassavam os celulares para lojas de assistência técnica de telefones, onde os aparelhos eram revendidos ou tinham suas principais peças retiradas.

A encomenda que tinha o objeto subtraído era encaminhada para um destino diverso de seu destinatário, a fim de dificultar a identificação do local em que o produto foi extraviado.

A 7a Vara Criminal da Justiça Federal expediu nove mandados de busca e apreensão com o objetivo de obter provas e localizar os objetos furtados nas residências dos suspeitos e em duas lojas especializadas em assistência técnica e revenda de aparelhos telefônicos.

Fonte: Informações/ Olhardireto