Ministério Público (MPE) ofereceu denúncia contra o empresário Jorlan Cristiano Ferreira, 44 anos, pelo crime de feminicídio contra Mayla Rafaela Martins, 22 anos, ocorrido na cidade de Lucas do Rio Verde (335 km de Cuiabá). A vítima foi assassinada a facadas e o corpo foi jogado na zona rural do município.
Além de feminicídio, o órgão ministerial incluiu na peça acusatória a qualificadora de motivo torpe e os crimes de fraude processual – quando o investigado tenta levar o juiz ao erro – e ocultação de cadáver.
Oferecida a denúncia, os autos serão encaminhados ao juiz para análise. Nesta etapa, o magistrado tem a possibilidade de receber, rejeitar ou até mesmo determinar novas diligências. A peça será rejeitada quando for inepta, faltar um pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal ou faltar uma justa causa para o exercício da ação penal.
No entanto, se a denúncia não for rejeitada, o juiz receberá a queixa e determinará a citação do acusado para responder à acusação por escrito dentro de um prazo de 10 (dez) dias.
O inquérito policial (IP) foi concluído pela delegada Ana Caroline Mortoza Lacerda, do Núcleo de Defesa da Mulher da Delegacia de Lucas do Rio Verde. A autoridade policial em seu relatório concluiu que o investigado deveria ser julgado por todos os crimes citados na denúncia, exceto o de fraude processual.
O crime
As investigações da Polícia Civil apontam que Mayla teria desaparecido depois de entrar no carro do empresário no dia 14 de janeiro.
As equipes relataram que funcionários de uma fazenda estavam passando uma máquina de plantio na propriedade rural e viram uma lona. Ao se aproximarem, encontraram o cadáver.
De acordo com a polícia, ela apresentava sinais de golpes de faca pelo corpo. Durante as investigações, a equipe policial apurou que um carro de cor preta teria abordado a vítima em um posto de combustíveis do município. Depois disso, foi notado que esse veículo se dirigia ao local onde o corpo foi encontrado.
Com essas informações, os policiais civis conseguiram identificar a placa do carro e o dono. Ao ser indagado sobre o caso, o empresário confessou aos agentes policiais que cometeu o homicídio e acabou sendo detido em flagrante.