A Delegacia de Tabaporã, situada no Médio-Norte, identificou um adolescente de 17 anos como o autor de um incêndio criminoso ocorrido em uma escola estadual no município, descartando a hipótese de que o delito tenha sido cometido por uma facção criminosa.
O menor disse à Polícia que estava furioso com a escola, mas que não tinha a intenção de que o fogo tomasse proporções maiores. Ele responderá pelo delito de incêndio.
O incêndio ocorreu na madrugada de sábado, dia 9 de março, na Escola Estadual Zuleide dos Santos Barros, no distrito de Americana do Norte, a aproximadamente 100 quilômetros de Tabaporã. Uma das janelas da sala de arquivos foi quebrada, o que permitiu que o menor iniciasse o fogo.
A ação das chamas atingiu a estrutura física, a parte elétrica, os uniformes dos estudantes, os computadores, impressoras, os aparelhos de televisão, os aparelhos de som, os aparelhos de ar-condicionado, os celulares e outros pertences administrativos.
A equipe da Delegacia de Tabaporã iniciou as perícias, conversando com o diretor da escola, os professores e os alunos, para, assim, identificar os envolvidos. A partir das informações obtidas, os policiais chegaram ao adolescente, que, inicialmente, não queria conversar sobre o tema.
Após uma longa conversa com a equipe, o adolescente revelou que cometeu o incêndio, pois sofria bullying. Dessa forma, quebrou o vidro da sala, atirou fogo em um caderno e jogou-o para dentro da escola.
Bruno Palmiro, delegado de Tabaporã, disse que as investigações revelaram que o adolescente cometeu o incêndio sozinho, com o objetivo de despertar a atenção.
A versão de que o crime foi cometido por uma facção criminosa foi descartada, uma vez que, ao longo dos trabalhos, ficou claro que o adolescente agiu de acordo com a sua raiva e frustração, sem a ajuda ou influência de terceiros.