Raffael Amorim de Brito, 28 anos, apontado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como o assassino do sargento Odenil Alves Pedroso, 46 anos, já foi preso por participar de um violento roubo à casa de um ex-vereador de Várzea Grande, em outubro do ano passado. O criminoso e seus comparsas agiram com extrema violência, amarraram as vítimas e as agrediram com coronhadas na cabeça.
O grupo criminoso estava armado, invadiu a casa e rendeu uma das vítimas que estava no quintal.
Além de coronhadas, eles deram tapas no rosto e, sob ameaça, conduziram-na para o interior da residência. Em seguida, renderam as outras moradoras que estavam dormindo.
Os criminosos passaram a torturar as vítimas afirmando que seriam mortos caso não dessem o que pediam. Enquanto um ficou vigiando, os demais pegaram objetos da casa e ainda obrigaram uma moradora a acessar sua conta bancária, via aplicativo do celular, e fazer transferências via pix. Além do dinheiro, foram roubadas diversas joias e três aparelhos celulares.
Durante as diligências, a equipe da Derf conseguiu identificar o titular da conta bancária que recebeu as transferências de dinheiro roubado das vítimas. Um adolescente confessou o roubo e confirmou que conhecia a casa da vítima e repassou as informações aos comparsas e que o crime foi praticado sob encomenda de outro criminoso que instruiu toda a ação por videochamada.
O adolescente informou que foram usados dois veículos no roubo. Um deles ficou dando suporte aos comparsas do lado de fora da casa. O grupo invadiu o quintal da residência às 3h e ficou esperando a vítima acordar e quando esta saiu para o quintal, foi rendida pelos criminosos. O menor disse ainda que o veículo de apoio ficou dando voltas no quarteirão, no intuito de avisar os comparsas caso a polícia aparecesse e depois deu fuga aos comparsas. Vídeo de câmeras de segurança mostram movimentação.
Em buscas pelos outros integrantes do grupo criminoso, os investigadores da Derf seguiram até um conjunto habitacional onde localizaram V.A.R., que tentou fugir, resistiu à prisão e avançou em um dos policiais da equipe para tentar tomar a arma.
Ele confessou que sua função no roubo foi fazer a logística para a execução, cedendo sua casa como apoio aos comparsas para planejarem o roubo e dividir os objetos levados. Ele informou que fez contato com um criminoso que está no Sistema Penitenciário para que o incluísse em alguma “fita”. Após a execução do roubo, os criminosos fizeram uma videochamada com o presidiário a fim de prestar contas do lucro do roubo e definir como seria a divisão.
O veículo Gol usado no roubo foi localizado pelos policiais da Derf. Para dificultar a ação da polícia, o veículo teve a placa adulterada com fita adesiva, que foi retirada após a ação. O dono do carro também foi localizado e preso.
G.V.R.J. confessou o roubo e disse que participou do crime a convite de um amigo com quem divide o aluguel de uma casa, que lhe prometeu R$ 500 para que emprestasse o Gol branco.