O esporte também deve ser tratado como uma prioridade, não apenas em épocas de grandes competições

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

No Brasil, o esporte é frequentemente associado ao futebol, o que não é surpresa, considerando que essa é a modalidade mais praticada e amada no país. No entanto, essa visão limitada pode estar obscurecendo a necessidade de incentivar outras modalidades, especialmente as olímpicas, que têm ganhado destaque internacional e revelado grandes talentos.

As políticas públicas voltadas para o esporte desempenham um papel crucial não apenas na promoção da saúde e no combate ao sedentarismo, mas também no lazer e no apoio aos atletas profissionais. Incentivar hábitos saudáveis na população não só melhora a qualidade de vida dos cidadãos como também alivia a pressão sobre o sistema público de saúde. Além disso, essas ações reforçam a percepção de que os impostos estão sendo bem aplicados.

Apesar disso, ainda há muito a ser feito. É urgente a criação de políticas públicas mais eficazes e direcionadas na área esportiva. O investimento de recursos públicos pode ser determinante para o surgimento e o desenvolvimento de jovens talentos, como foi o caso de Rebeca Andrade, cujas conquistas estão frequentemente associadas a projetos sociais que combinam educação e esporte.

Essas iniciativas em comunidades carentes, como a que revelou Rebeca, e o apoio financeiro direto, como o Bolsa Atleta e o financiamento de instituições beneficentes, têm sido fundamentais para o desempenho positivo dos atletas brasileiros em competições olímpicas e paralímpicas. Cada modalidade possui necessidades específicas, que devem ser consideradas na distribuição de recursos e no planejamento das políticas esportivas.

Exemplos de boas práticas não faltam. Em Várzea Grande, a Prefeitura, em parceria com os lutadores Minotauro e Minotouro, lançou o projeto “Esporte Além das Fronteiras”, que oferece cursos de artes marciais e auxilia na formação disciplinar de mais de 2 mil crianças do município. Outra iniciativa de destaque é o Centro de Referência Paralímpico, criado em colaboração com o Governo de Mato Grosso. No local, cerca de 150 para-atletas, com idades entre 11 e 17 anos, participam de atividades em modalidades como futebol para cegos, natação, goalball, atletismo, badminton, judô e bocha.

Esses projetos demonstram que, com o apoio adequado e políticas públicas eficazes, o esporte pode ser uma poderosa ferramenta de transformação social, revelando talentos, promovendo a inclusão e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Por Pedro Paulo Tolares (Pedrinho), vereador, presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande e pré-candidato a vice-prefeito.

 

 

Da Redação com informações do Olhar Direto