Os acompanhantes dos pacientes reclamam de atrasos e cancelamentos de cirurgias no HMC

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Pacientes do Hospital Municipal de Cuiabá enfrentam dificuldades devido à greve e falta de recursos

Acompanhantes de pacientes internados no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) denunciaram a falta de lençóis, a ausência de médicos e o cancelamento de cirurgias eletivas previamente agendadas. As queixas foram trazidas à tona nesta segunda-feira (12), durante o Programa do POP, transmitido pela TV Cidade Verde.

Durante a transmissão, uma mãe, cujo filho está internado no hospital, expressou sua frustração com a situação. Ela informou que a cirurgia de seu filho, assim como a de outros pacientes, não foi realizada devido à paralisação dos profissionais de saúde, que começou no último sábado (10). Além disso, ela destacou que a falta de lençóis obrigou os acompanhantes a trazerem cobertores e outros itens de casa para garantir o conforto dos pacientes.

“Essa é a realidade no HMC: precisamos trazer nossos próprios lençóis porque o hospital não tem. Não há limpeza adequada, os funcionários estão em greve, e as cirurgias foram suspensas desde sábado. Todos os pacientes tiveram seus procedimentos adiados por causa da greve. Nem papel há aqui. Estou há 25 dias esperando pela cirurgia do meu filho, que estava marcada para hoje, mas foi cancelada”, desabafou a mulher ao vivo no programa.

Em resposta às reclamações, a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) emitiu uma nota afirmando que as cirurgias eletivas agendadas para esta segunda-feira (12) serão reorganizadas para atender à demanda técnica, sem fornecer detalhes sobre o motivo dos cancelamentos de última hora.

A ECSP atribuiu os problemas à falta de repasse de R$ 10 milhões pelo Governo do Estado, valor que seria destinado ao cofinanciamento necessário para o funcionamento do hospital. Segundo a empresa, o Estado não efetuou os repasses nos últimos dois meses, acumulando uma dívida que já ultrapassa R$ 10 milhões e ameaça entrar no terceiro mês sem pagamento.

Na nota, a ECSP destacou que recentemente houve um encontro de contas que estabeleceu um cronograma para a efetivação dos pagamentos, conforme o Termo de Compromisso firmado perante o Tribunal de Contas e o Ministério Público de Mato Grosso. Esse termo obriga o Estado a repassar mensalmente R$ 5.079.184,25 para a ECSP, mas os repasses não foram realizados, agravando a situação financeira da unidade hospitalar.

 

 

Da Redação com informações do Olhar Direto