Abílio Brunini critica propostas de Lúdio Cabral para a comunidade LGBTQIAPN+ em debate eleitoral
O deputado federal e candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), disparou críticas ao seu concorrente, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), durante um debate transmitido pela TV Vila Real nesta terça-feira (22). Brunini acusou Cabral de “dividir o povo” com suas propostas voltadas para a comunidade LGBTQIAPN+, ressaltando que “todas as pessoas sangram” e ironizando a sigla que representa o movimento.
Questionando as iniciativas de Cabral, Brunini indagou: “Qual a sua proposta para a comunidade LGBT? Você mandou R$ 300 mil para a Parada Gay e o seu plano de governo propõe fazer o Conselho LGBT. Fale-me sobre o Conselho LGBT que você quer fazer e como vai continuar investindo nos projetos ‘LGBTQIAPNPQT+’”.
Entretanto, a sigla citada por Brunini não está atualizada. A versão aceita atualmente é LGBTQIAPN+, que abrange diversas identidades e orientações sexuais fora do espectro heterossexual e cisgênero.
Este debate sobre as políticas voltadas para a comunidade LGBTQIAPN+ já havia sido levantado durante a campanha eleitoral. Brunini, embora tenha o maior plano de governo, não apresentou propostas específicas para o grupo, justificando que não queria “dar privilégios” a determinados segmentos da população.
Em sua resposta, Lúdio Cabral afirmou que a pergunta de Brunini evidencia “preconceito” e garantiu que, se eleito, respeitará todos os cidadãos. “Prefeito tem que governar para toda a população. As pessoas LGBTQIAPN+ têm direitos que precisam ser respeitados”, declarou.
Cabral também lembrou que o Conselho de Políticas para Pessoas LGBTQIAPN+ já existe em Cuiabá e enfatizou que suas propostas incluem oportunidades de qualificação e emprego para esse grupo, em parceria com o setor empresarial. “Vamos criar linhas de crédito para ajudar pessoas LGBTQIAPN+ a abrir seus próprios negócios e contribuir para o desenvolvimento da cidade”, acrescentou.
Na réplica, Abílio Brunini insistiu que os investimentos devem ser distribuídos de maneira equitativa, “sem segregação”. Ele questionou: “Por que você fala que quer fazer para a comunidade LGBT e não fala para os outros também? Será que o trabalhador não tem o mesmo direito que o LGBT? Na UPA, todos estão sofrendo igualmente. Por que segregar? Faça uma política igual para todos”.
A discussão entre os candidatos continua a polarizar a campanha para a prefeitura de Cuiabá, refletindo as diferentes abordagens em relação às questões de direitos e inclusão social.