O CRM abriu uma sindicância para investigar médicos envolvidos em um esquema de fraude de mais de 400 milhões na Unimed Cuiabá

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Foto: Montagem/ OlharDireto
CAMARA VG

CRM-MT abre sindicância para investigar conduta de médicos envolvidos em fraudes na Unimed Cuiabá

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) anunciou nesta quarta-feira (30) a abertura de uma sindicância para investigar a conduta dos médicos envolvidos no esquema de fraudes contábeis revelado pela Operação Bilanz, que mira a alta administração da Unimed Cuiabá. Entre os investigados estão Rubens de Oliveira, ex-presidente da cooperativa, e Suzana Palma, ex-diretora administrativo-financeira, ambos presos.

Segundo comunicado oficial do CRM-MT, a sindicância foi instaurada “diante das apurações, por parte do Ministério Público Federal (MPF), de supostas irregularidades envolvendo a gestão da Unimed Cuiabá”. O Conselho ainda destacou a necessidade de preservar o sigilo dos procedimentos administrativos, conforme prevê a legislação vigente.

A denúncia do MPF, aceita pela Justiça Federal em Mato Grosso, acusa seis ex-integrantes da administração da Unimed Cuiabá de ocultar um prejuízo de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da operadora até 31 de dezembro de 2022. Entre os denunciados estão o ex-diretor presidente, a ex-diretora administrativo-financeira, o ex-CEO, a antiga chefe do departamento jurídico, a ex-superintendente administrativo-financeira e a ex-chefe do Núcleo de Monitoramento de Normas.

As investigações apontam que os suspeitos teriam cometido sete crimes de falsidade ideológica, manipulando as demonstrações contábeis ao omitir passivos e incluir ativos de forma indevida, de modo a apresentar uma situação financeira artificialmente favorável. Essa prática dificultou a fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ao comprometer os indicadores mínimos de liquidez e solvência exigidos pela reguladora, além de ocultar possíveis desvios patrimoniais.

A Operação Bilanz continua em andamento, e os desdobramentos seguem sob acompanhamento das autoridades, que buscam esclarecer o impacto das fraudes no funcionamento e na transparência da operadora de saúde.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto