A indenização recebida pela adolescente desaparecida de 13 anos pode ter sido a motivação para o crime; o cunhado foi preso

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Cunhado de adolescente desaparecida é preso; crime teria sido motivado por indenização

A Polícia Civil prendeu na noite de sexta-feira (22) João Victor Silva de Oliveira, de 20 anos, cunhado de Marina Sofia Menezes Ventura, de 13 anos, desaparecida desde 20 de outubro em Diamantino, a 209 km de Cuiabá. Segundo as investigações, o crime teria sido motivado por uma indenização recebida pela adolescente após a morte de seu pai. Marina segue desaparecida. A informação foi confirmada pelo delegado Marcos Bruzzi, responsável pelo caso.

João Victor foi detido em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, onde tentava se esconder. A prisão temporária, inicialmente decretada por 30 dias, foi solicitada após a coleta de provas que o ligam diretamente ao desaparecimento da jovem. Segundo o delegado, o suspeito é acusado de abusar sexualmente de Marina e de ter envolvimento com facções criminosas.

Envolvimento com facções e crime premeditado

“O João Victor é apontado como traficante de drogas e ‘disciplina’ do Comando Vermelho (CV), responsável por aplicar punições, torturas e agressões físicas. Além disso, várias testemunhas afirmaram que ele abusou sexualmente de Marina. A própria vítima confidenciou a situação a uma amiga. Ele tinha medo de que ela divulgasse essas informações”, afirmou o delegado Marcos Bruzzi.

As investigações apontam ainda que João Victor teria oferecido R$ 25 mil a um homem preso em Tangará da Serra para ajudá-lo a executar o plano. O objetivo seria se apropriar do dinheiro da indenização recebida por Marina, que seria dividido entre os familiares.

Dinâmica do desaparecimento

As evidências coletadas indicam que Marina foi retirada de casa sem sinais de violência, o que sugere que conhecia a pessoa que a levou. Mensagens de aplicativos de conversa mostram que, no dia do desaparecimento, a irmã mais nova da adolescente contou a uma amiga que Marina já não estava em casa por volta das 12h38.

Imagens de câmeras de segurança também reforçaram a ligação de João Victor com o crime. Ele foi visto saindo de casa às 11h30, vestindo uma camisa vermelha, e retornando às 13h30 com uma camisa preta. A troca de roupas, sem justificativa aparente, levantou suspeitas entre os investigadores.

Busca por respostas

A Polícia Civil continua as diligências para localizar Marina e identificar outros possíveis envolvidos no crime. A prisão de João Victor é vista como um avanço nas investigações, mas a ausência de informações sobre o paradeiro da adolescente mantém familiares e autoridades em estado de alerta.

A comunidade local acompanha com apreensão os desdobramentos do caso, que já se estende por mais de um mês. A polícia reafirma o compromisso de esclarecer todos os detalhes do crime e levar os responsáveis à Justiça.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto