Influenciador Foragido é Preso no Aeroporto de Guarulhos em Desdobramento da Operação 777
Na noite desta terça-feira (03), um dos foragidos da Operação 777, realizada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
O influenciador digital B.F.M.F., de 35 anos, foi detido ao desembarcar de um voo vindo da França. Ele estava foragido desde a deflagração da operação, conduzida pela Polícia Civil de Mato Grosso na semana passada.
Após o cumprimento do mandado de prisão expedido pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, o suspeito foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Investigações e Medidas Judiciais
A Operação 777 investiga seis influenciadores digitais – quatro de Mato Grosso e dois de São Paulo – acusados de promover jogos de azar online, conhecidos como “jogo do Tigrinho”, e rifas ilegais por meio de suas redes sociais.
Entre as medidas cautelares impostas pela Justiça estão o bloqueio das redes sociais dos investigados, a proibição de deixar o país e a obrigação de entregar seus passaportes à Polícia Civil. Além disso, os envolvidos estão proibidos de realizar qualquer divulgação relacionada aos jogos ilegais. O descumprimento das determinações pode levar à decretação de prisão preventiva.
Envolvimento Familiar e Lavagem de Dinheiro
As investigações também identificaram a participação das mães de três influenciadores no esquema, que são suspeitas de lavar o dinheiro obtido com as atividades ilícitas.
De acordo com a Polícia Civil, os influenciadores faturaram cerca de R$ 12,869 milhões apenas no primeiro semestre deste ano com a promoção dos jogos ilegais. Eles frequentemente lançavam novas plataformas, já que as anteriores perdiam credibilidade quando os participantes percebiam que não conseguiam lucrar. Em muitos casos, apostadores que ganhavam valores altos não recebiam os prêmios, o que levava os investigados a criar novos jogos para atrair mais vítimas.
A Operação 777 segue em andamento, e a Polícia Civil trabalha para identificar outros envolvidos e rastrear os valores obtidos com o esquema.
