Mato Grosso enfrenta pior estiagem em 44 anos, com impacto severo em Cuiabá
O estado de Mato Grosso vivenciou neste ano a pior estiagem registrada em 44 anos, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). A situação levou o governo estadual a decretar emergência em agosto devido à seca severa, que contribuiu significativamente para a propagação de incêndios florestais.
Cuiabá, a capital, enfrentou um período crítico de estiagem, com mais de 124 dias consecutivos sem chuvas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cidade foi a quarta no país com mais dias de seca, atrás apenas de Belo Horizonte (MG), que registrou 153 dias, Brasília (DF), com 149 dias, e Goiânia (GO), com 147 dias sem precipitação.
A combinação de temperaturas elevadas e incêndios florestais intensificou os problemas na capital mato-grossense, com densa fumaça encobrindo o céu durante os meses de agosto e setembro. Além disso, a maior temperatura do ano, 44,1°C, foi registrada em Cuiabá no dia 6 de outubro, data do primeiro turno das eleições.
A estiagem prolongada e suas consequências colocam em evidência os desafios ambientais e climáticos enfrentados pela região, especialmente no que diz respeito à prevenção de desastres naturais e à gestão de recursos hídricos.