O delegado rejeita fazer alarde acerca de execuções relacionadas a símbolos de facções

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Foto: Tchélo Figueiredo/OD
CAMARA VG

Delegado Frederico Murta descarta onda de execuções ligadas a facções criminosas

O coordenador da Gerência de Operações Especiais (GOE), delegado Frederico Murta, afirmou que não há motivo para alarde em relação a relatos de execuções motivadas por sinais associados a facções criminosas. Em entrevista ao videocast PodOlhar, Murta esclareceu que, embora alguns casos estejam sendo investigados com essa possível motivação, são situações pontuais e não indicam um crescimento desse tipo de crime.

Monitoramento e desinformação

O delegado destacou que a disseminação de informações sobre o tema em redes sociais e grupos de mensagens tem ampliado a preocupação da população. No entanto, segundo ele, não há evidências concretas de que esses crimes estejam se tornando mais frequentes. “Não é o caso de criar alarde, de ficar desesperado. Já aconteceram alguns casos, tivemos investigações apontando essa motivação, mas são casos isolados”, afirmou Murta.

Facções e a utilização de sinais

Nos últimos anos, tem se tornado comum a divulgação de imagens de pessoas fazendo gestos que podem estar relacionados a organizações criminosas. Em alguns casos, essas imagens foram associadas a execuções. No entanto, Murta explicou que a maioria das vítimas envolvidas nesses episódios já tinha vínculos com atividades ilícitas.

“A grande maioria dos casos está associada a outros tipos de envolvimento das vítimas. Se você analisar qualquer integrante de facção, verá que ele tira todas as fotos fazendo algum sinal. Isso não significa que foi morto por conta do gesto, mas porque estava ligado ao tráfico ou outras atividades criminosas”, explicou o delegado.

Prevenção e combate ao crime

Apesar de reforçar que não há motivo para pânico, Murta ressaltou que o combate ao crime organizado continua sendo prioridade das forças de segurança. Ele também recomendou cautela ao compartilhar ou produzir conteúdos que possam ser mal interpretados.

“O cuidado é sempre bom, mas não há motivo para pânico. O enfrentamento às facções é constante e não só em Mato Grosso, mas em todo o país. O importante é a polícia seguir investigando e atuando de maneira eficaz contra essas organizações”, concluiu o delegado.

Confira o vídeo abaixo:

 

 

Da Redação com informações do Olhar Direto