O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba, deixará a magistratura para se tornar Ministro da Justiça do próximo governo. Convidado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), Moro foi a o Rio de Janeiro conversar com o político e aceitou o convite.
Em nota, Sérgio Moro afirma aceitar o convite com "certo pesar", porque ainda teria 22 anos na carreira de juiz. "No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na pratica, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior".
Em nota, Sérgio Moro afirma aceitar o convite com "certo pesar", porque ainda teria 22 anos na carreira de juiz. "No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na pratica, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior".
Agora indicado para um cargo político, Moro também falou sobre os próximos passos da operação que o levou ao conhecimento do público nacional e o transformou em uma figura popular:
"A Operação Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências."
O futuro ministro da Justiça deverá dar conceder entrevista a jornalistas na próxima semana para dar mais detalhes.
O aceite de Moro dará força à versão sustentada por integrantes do PT de que a Lava Jato é partidarizada. Enquanto juiz, ele condenou várias pessoas ligadas ao partido, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro, que lhe ofereceu o cargo de ministro, foi eleito com o anti-petismo como principal ponto da campanha.