A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Barra do Garças, localizada a 509 quilômetros a Leste de Cuiabá, e o Poder Legislativo do município, deflagrou a Operação Transparência, que tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão, a fim de apurar possíveis recebimentos indevidos de verbas por servidores da gestão anterior.
Os mandados são cumpridos em quatro setores da Câmara Municipal de Barra do Garças (contábil, jurídico, arquivo e recursos humanos) e em duas residências no município.
A equipe da Polícia Civil, com o apoio da Câmara Municipal, tem como objetivo apurar e esclarecer os casos envolvendo funcionários e dinheiro público.
Os fatos foram identificados pelo presidente da Câmara no biênio de 2021/2022, uma vez que foram notados desvios de verbas decorrentes de nomeações anteriores. Diante da descoberta, houve o desligamento de alguns dos servidores que já estavam aposentados pelo INSS. Os fatos foram comunicados ao Ministério Público, Tribunal de Contas e Polícia Civil.
Com a implantação da digitalização do acervo de documentos na Câmara Municipal de Barra do Garças, os documentos que estavam no arquivo físico foram remetidos à 1a Delegacia de Polícia de Barra do Garças, onde foram confirmados os fatos denunciados.
Com base na análise dos documentos, o delegado Pablo Borges Rigo propôs três mandados de busca e apreensão com o objetivo de aprofundar as investigações, tendo os documentos sido utilizados como elementos de informação para a elaboração de pareceres do Ministério Público e do Poder Judiciário.
As ordens judiciais têm como objetivo apreendir elementos que possam auxiliá-las aprofundar as investigações, tais como computadores (ou outros tipos de tecnologia) e documentos (físicos ou virtuais) que possam estar ocultos em setores da administração pública. O material apreendido será analisado e periciado com o objetivo de identificar possíveis evidências documentais que possam fundamentar os autos de investigação em andamento.