O juiz condenou o líder de um esquema milionário que usou a própria mãe para abrir uma empresa de fachada

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Foto: Reprodução
ALMT TRANSPARENCIA

Líder de esquema milionário é condenado por estelionato e uso de empresa “fantasma”

John Maike Teixeira de Souza, líder de um esquema criminoso que utilizava a própria mãe para abrir empresas “fantasma”, foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra nesta terça-feira (12). A decisão faz parte do desfecho da operação “Fake Promisses”, que desmantelou um esquema de estelionato envolvendo empresas de fachada em Cuiabá.

Além de John, outros seis membros do grupo também foram condenados a penas de prisão. Penini Bela da Silva Ribeiro, Matheus Silva dos Santos, Rhaniel Ramos de Castro e Vinicios Manoel Moreira Leite receberam sentenças de 5 a 6 anos, todos em regime fechado. Gabriel Figueiredo e Souza foi condenado a 6 anos e 6 meses. Kaio Tanaka Kanegae, o sétimo condenado, pegou 3 anos e 9 meses de pena no regime semiaberto.

A investigação revelou que o grupo usava um “marketing agressivo” para vender consórcios, alegando que negociavam imóveis a partir de escritórios em prédios comerciais na capital. As empresas de fachada, comandadas por John Maike, eram criadas por “testas de ferro”, como sua mãe, para mascarar a verdadeira natureza do esquema.

Em sua análise, o juiz destacou que as investigações demonstraram a existência de uma organização criminosa com John Maike à frente, coordenando todas as ações. O grupo cooptava pessoas para abrir empresas em seus nomes, operando em salas do Edifício Palácio do Comércio, e vendia consórcios e empréstimos fraudulentos.

Além disso, foi apurado que as vítimas, que se queixavam constantemente à polícia e ao Procon, eram lesadas por meio de transações fictícias. Os envolvidos no esquema eram incentivados a pagar uma comissão de 1% a John sobre cada transação realizada com as vítimas.

A polícia também descobriu que John era proprietário de diversas empresas de fachada, como a Administradora Business e JM Representação, além de outras que se mostraram inexistentes. As investigações indicaram que as empresas citadas eram, na realidade, fantasmas, corroborando as denúncias de vítimas que relataram os golpes.

O caso segue com novas investigações, e a condenação de John Maike Teixeira de Souza e de outros membros do grupo criminoso é um reflexo do desmantelamento de uma rede de estelionato que atuava em Cuiabá e em outras localidades.

 

 

Da redação com informações do Olhar Direto