Assassino de empresário em 2018 seguirá detido em presídio federal enquanto aguarda julgamento
Maroan Fernandes Haidar Ahmed, acusado de assassinar o empresário Fábio Batista da Silva em 2018, continuará preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Mato Grosso do Sul. A decisão foi mantida pelo juiz Leonardo de Araujo Costa Tumiati, que, em despacho no último dia 29, negou o pedido de revogação da prisão preventiva solicitado pela defesa do réu. O magistrado destacou a alta periculosidade de Maroan como fundamento para a decisão.
Relembre o caso
O crime ocorreu em Rondonópolis, Mato Grosso, em uma loja de conveniência no bairro Vila Aurora. De acordo com relatos, a vítima, Fábio Batista da Silva, de 41 anos, teria se aproximado de uma caminhonete estacionada com os faróis altos, pedindo ao motorista para reduzir a luminosidade. Após uma breve discussão, Fábio foi alvejado por um disparo de arma de fogo desferido por Maroan.
Histórico do acusado
Maroan é apontado como mandante de outros homicídios e suspeito de liderar uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas e armas. Em outubro deste ano, ele foi transferido para o presídio de segurança máxima em Campo Grande, após a Justiça considerar que sua permanência em outra unidade penal poderia representar risco à segurança pública.
Enquanto aguarda o julgamento, marcado para 14 de janeiro de 2025, a defesa de Maroan tentou reverter a prisão preventiva, propondo sua substituição por prisão domiciliar. O argumento baseou-se no suposto cumprimento das medidas cautelares anteriormente impostas. Contudo, o juiz Tumiati negou o pedido, justificando que o réu já fugiu em ocasiões anteriores, incluindo um episódio em que violou a monitoração eletrônica concedida por habeas corpus.
Crimes relacionados
Além do assassinato de Fábio, Maroan enfrenta outras acusações graves. Ele foi denunciado como mandante de um homicídio ocorrido em Aparecida de Goiânia, Goiás, em 2020, relacionado ao interesse do Primeiro Comando da Capital (PCC). Também participou de um tiroteio em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, e foi preso em flagrante em Santa Catarina, em 2023, durante uma operação contra o tráfico internacional de drogas.
Com base em seu perfil de extrema periculosidade, a Justiça determinou que Maroan cumpra regime disciplinar diferenciado (RDD). O réu é suspeito de integrar uma facção transnacional de tráfico de drogas e armas, além de comandar assassinatos de rivais ou desafetos.
Decisão judicial
Na decisão, o juiz destacou que “não houve mudança nos fatos que fundamentaram a prisão preventiva e que a medida continua sendo necessária para garantir a ordem pública”. Por isso, indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva.
O caso segue sendo monitorado pelas autoridades judiciais e pelo Ministério Público, que acompanha de perto o andamento do processo.