Cliente fica só de cueca após ser barrado em agência do BB

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Foto: Reprodução
CAMARA VG

Midia News

Após cinco tentativas, o motorista de ambulância Juzi Avelino da Rosa, de 52 anos, precisou ficar só de cueca para conseguir entrar na agência do Banco do Brasil, na Rua Comandante Costa, na área central de Cuiabá.

O caso aconteceu na tarde desta quarta-feira (9), por volta de 14h.

Juzi Rosa disse ao MídiaNews que, em nenhum momento, as guardas foram falar com ele, quando, ao tentar passar pela porta giratória, o alarme disparava. Por isso, ele resolveu tirar a roupa para entrar na agência.

“As guardas ficaram rindo de mim. Mas, em nenhum momento elas vieram perguntar se eu tinha algo. Ai, para entrar, eu resolvi rancar a roupa. Pode ver na foto que elas estão de braços cruzados e rindo da minha cara”, disse o motorista.

O motorista, que é cliente do banco há 29 anos, disse que se sentiu muito humilhado, principalmente pela reação das vigilantes da agência.

“Para entrar no Banco do Brasil, só de você ficar pelado. Malandro entra tranquilo, mas o cara que é trabalhador não consegue”, disse.

A empresária Katiany Arruda, de 40 anos, estava na agência e acompanhou toda ação.

Ela também havia sido barrada na porta e sua entrada só foi permitida após guardar a bolsa num armário que fica na entrada.

“Eu chamei as guardas para olhar minha bolsa e elas só gesticularam que não podiam olhar e mostraram o armário. Elas não foram, em nenhum momento, falar comigo”, disse a empresária.

Depois disso, Juzi Rosa chegou à agência. Segundo a empresária, as pessoas que estavam dentro da agência alertavam que o motorista não tinha nada e, ainda assim, não houve qualquer ação das seguranças para diminuir o constrangimento.

“Ele estava sem nada, só de camiseta e short e entrou. A chave dele foi deixada de lado, com o celular. Ele falava que não tinha nada, eu tentei falar para a moça, todo mundo do banco começou a falar e, nisso, ele tentou entrar umas cinco vezes e elas nem se dirigiram até ele para falar algo. De lá, elas olhavam com um sorriso, debochando dele. Todo mundo presenciou a cena”, relatou Katiany Arruda.

Uma funcionária chegou a avisar aos superiores sobre a anormalidade, mas, segundo a empresária, de nada adiantou.

“Ele ficou lá, em meio a todo o constrangimento, sem a roupa, que ficou dentro da porta giratória. E ele de cueca dentro da agência, e isso demorou um tempinho”, disse Katiany.

Segundo ela, mesmo após o motorista entrar na agência, nenhum funcionário foi conversar com ele sobre o ocorrido.

Juzi Avelino da Rosa afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência e acionar seu advogado, ainda nesta quarta-feira.

Outros casos

Este não é o primeiro caso de constrangimento na agência do Banco do Brasil, na Rua Comandante Costa.

No dia 4 de julho, dois gerentes do local foram detidos, acusados de racismo contra um cliente negro.

No dia 21 do mesmo mês, uma servidora pública foi barrada na agência do banco, no bairro CPA II.

Jesuína Moreira Neves, de 56 anos, se viu obrigada a ficar só de sutiã, na entrada da agência.

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