O deputado estadual Zeca Viana (PDT), na segunda legislatura, em nota pública, nesta quarta-feira (30), usou a própria delação premiada do ex-governador, Silval Barbosa (PMDB), para se eximir de qualquer participação em recebimento de propina entre os anos de 2011 e 2014, quando Silval denunciou a compra de parlamentares, em troca de apoio na Assembleia Legislativa.
Indignado com a generalização das denúncias, Viana lembrou que sempre fez oposição a gestão do ex-governador, inclusive com duros embates na tribuna do Parlamento. “Zeca Viana lembra que sempre atuou de forma transparente, como membro da oposição, e questionou (inclusive judicialmente) diversas das irregularidades que hoje são confessadas pelo ex-governador Silval Barbosa, conforme relação de documentos em anexo”, diz trecho da nota.
Trecho do depoimento do ex-governador, Silval Barbosa ao MPF isentado o deputado, Zeca Viana
O deputado estadual criticou ainda a forma como setores da imprensa divulgam a delação do ex-governador. De acordo com o pedetista, as denúncias recaem em 23 parlamentares e um suplente da legislatura passada, exceto o seu nome.
Confira abaixo, a nota pública de Zeca Viana:
Em resposta às matérias veiculadas na imprensa local a respeito da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), a assessoria do deputado estadual ZECA VIANA (PDT-MT) esclarece os seguintes fatos:
1. Quanto à informação de que teria cobrado os valores de propina, Zeca esclarece que nunca cobrou propina do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), muito menos do seu ex-chefe de gabinete Sílvio César, pessoa que nunca conheceu e com quem jamais manteve qualquer conversação;
2. Ao citar 24 deputados, os jornais fazem entender que eram todos os parlamentares, quando, na realidade, se tratavam de 23 titulares e 1 suplente. Assim, não é verdadeira a afirmação que alguns veículos fizeram ao dizer que todos os deputados receberam propina. Como o próprio delator Silvio César afirma, Zeca Viana não recebeu propina (documento em anexo);
3. Por fim, Zeca Viana lembra que sempre atuou de forma transparente, como membro da oposição, e questionou (inclusive judicialmente) diversas das irregularidades que hoje são confessadas pelo ex-governador Silval Barbosa, conforme relação de documentos em anexo.
